Economia

Brasileiro gasta parcela maior da renda em prestações

São Paulo - O comprometimento da renda das famílias brasileiras com o pagamento de dívidas, tanto de parcelas do crediário de lojas como de financiamentos com bancos, é crescente nos últimos meses apontam pesquisas com consumidores e estudos de consultorias privadas. E, mesmo com uma parcela maior da renda empenhada com prestações, o consumidor não […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - O comprometimento da renda das famílias brasileiras com o pagamento de dívidas, tanto de parcelas do crediário de lojas como de financiamentos com bancos, é crescente nos últimos meses apontam pesquisas com consumidores e estudos de consultorias privadas. E, mesmo com uma parcela maior da renda empenhada com prestações, o consumidor não desiste de assumir novos empréstimos. É que as perspectivas favoráveis para o crescimento do emprego e da renda e, especialmente, os prazos longos de pagamento dos financiamentos dão tranquilidade para ele "encaixar" mais prestações no orçamento familiar.

Um estudo da Tendências Consultoria Integrada com base nos dados do crédito para pessoas físicas acompanhado pelo Banco Central (BC), exceto financiamentos imobiliários, e os rendimentos do trabalho e da Previdência, apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, em maio, o comprometimento da renda mensal com prestações atingiu 26,3% e aumentou 0,5 ponto porcentual em relação ao mesmo mês de 2009.

Em março, o comprometimento correspondia a 25% da renda. Em abril, foi para 25,9%. "Nos nossos cálculos, esse indicador deve atingir 28% em dezembro deste ano", prevê Alexandre Andrade, economista da consultoria. Se a estimativa se confirmar, será o maior nível de empenho da renda com prestações já alcançado desde o início da série, em janeiro de 2003. O recorde anterior foi batido em novembro de 2008, quando o indicador chegou a 27 1%.

"Uns falam que o limite de comprometimento da renda mensal com prestações de lojas e bancos é 25% e outros 30%", observa o economista da Associação Comercial de São Paulo(ACSP) Emílio Alfieri. Andrade, da Tendências, diz que 30% de limite do empenho da renda mensal com dívidas é padrão de outros países. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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