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Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2010 às 18h27.
São Paulo - O crescimento vertiginoso da economia brasileira nos últimos meses é questionado em artigo da revista britânica The Economist, publicado nesta quinta-feira (20). "O problema é que enquanto [o Brasil] está crescendo na velocidade da China, o Brasil não é a China", afirma a publicação.
O fato de que o país poupa e investe muito pouco limita o crescimento econômico a 5% na avaliação da maioria dos economistas.
A Economist cita que os incentivos fiscais do governo impulsionaram a economia brasileira durante a crise, mas muitos gastos extras se tornaram permanentes como "aceleradores dos carros da Toyota, grudados ao chão".
O texto ainda lembra que a inflação nos últimos 12 meses foi de 5,3%, acima da meta de 4,5% do Banco Central e que, neste ano, as importações irão superar as exportações pela primeira vez desde 2000.
"Certamente muitos europeus amariam ter os problemas do Brasil. A economia [brasileira] ganhou crescimento fundamentado. As empresas estão correndo para atender à demanda por bens de consumo da classe média baixa, enquanto a China continua comprando produtos brasileiros em larga escala. No entanto, os preços das commodities estão começando a enfraquecer", acredita a Economist.
Para a revista, o franco crescimento seria melhor assegurado se o governo abrisse caminho para a queda dos juros de empréstimo (gastando menos) e investisse em melhor infraestrutura.
"O próximo presidente terá que resolver [esse desafio]. O início excitante da economia em ano de eleição aumentou as chances de que a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff, seja quem receberá essa missão", conclui.
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