Economia

Brasil vai zerar o IOF cambial para acelerar adesão à OCDE, diz ministério

De acordo com a pasta, a redução será gradual e deve começar este ano e vai durar até 2029

As mudanças serão feitas por meio de decreto presidencial (Antara Foto/Hafidz Mubarak/Reuters)

As mudanças serão feitas por meio de decreto presidencial (Antara Foto/Hafidz Mubarak/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 10h32.

Última atualização em 28 de janeiro de 2022 às 10h41.

O Ministério da Economia informou nesta sexta-feira que o governo decidiu zerar a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações com moeda estrangeira até 2029, com o objetivo de acelerar a adesão do país à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com a pasta, a redução será gradual e deve começar já em 2022, inicialmente com operações de entrada e saída de recursos estrangeiros de curto prazo, de até 180 dias. As mudanças serão feitas por meio de decreto presidencial.

Em nota, o ministério disse que o corte do imposto vai contemplar quatro faixas de incidência do IOF cambial, com reduções graduais para cada faixa.

O primeiro grupo envolverá as operações de curto prazo. O segundo abrangerá transações com cartões de crédito ou débito, cheques de viagem e cartões pré-pagos internacionais.

O terceiro, por sua vez, englobará operações de câmbio para aquisição de moeda estrangeira à vista no Brasil e para transferência de recursos de residentes no país  para  disponibilidade  no exterior. O quarto grupo, por fim, envolverá as demais operações de câmbio.

A pasta ressaltou que no caso de crises futuras, as regras da OCDE permitem a adoção de medidas prudenciais, desde que não sejam discriminatórias ou com alíquotas excessivas.

"A mudança vai melhorar o cenário para as transações internacionais, pagamentos de serviços e de comércio exterior e transações de investimentos, sejam de curto ou longo prazos, ao eliminar o obstáculo tributário que hoje incide sobre operações com moeda estrangeira. Não haverá, portanto, discriminação entre os agentes econômicos que desejarem operar no país", disse o ministério em nota.

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