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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.
O Brasil vai rastrear a origem dos cerca de 4.200 bovinos importados, desde 1995, dos Estados Unidos e do Canadá. O monitoramento desse gado faz parte da estratégia brasileira de prevenção contra o mal de vaca louca, detectado recentemente no rebanho bovino canadense. O Brasil é livre dessa doença. O secretário-executivo do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amauri Dimarzio, disse que, por enquanto, as importações de carne bovina dos Estados Unidos e do Canadá continuam suspensas.
De acordo com Dimarzio, o ministério vai destinar entre R$ 300 mil e R$ 500 mil para comprar os equipamentos necessários ao rastreamento dessas 4.200 cabeças importadas dos Estados Unidos e do Canadá.
As empresas certificadoras cadastradas no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) vão certificar esses animais gratuitamente, por meio de convênio com o ministério, disse ele.
Dimarzio afirmou que o calendário da rastreabilidade bovina será mantido. "O prazo limite continua no dia 15 deste mês para que toda a carne bovina exportada para a União Européia seja rastreada há pelo menos 40 dias antes do abate", disse ele. O secretário disse ainda que cerca de 5 milhões e 326 mil animais já estão identificados na base nacional de dados do ministério e outros 12,84 milhões já foram cadastrados pelas certificadoras credenciadas pelo ministério.
O ministério criou o Sistema de Classificação de Bovinos e pretende torná-lo obrigatório em todos os animais abatidos nos estabelecimentos sob Inspeção Federal. A sugestão, que ainda depende de aprovação da Câmara Setorial da Carne Bovina.
Estados Unidos
Em visita ao Brasil, o vice-presidente da associação americana de gado brahman (American Brahman Breeders Associations, ABBA), Jim Reeves, afirmou que "o brilhantismo dos pecuaristas brasileiros em selecionar as raças zebuínas e o sucesso do cruzamento entre o brahman e o nelore farão com que o Brasil seja, em breve, o primeiro exportador de carne in natura do mundo .
Reeves veio ao Brasil a convite da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). O presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, afirmou que o país quer estar no topo do mercado de exportações.