Economia

“Brasil vai passar pela crise sem nenhuma dificuldade”, diz Abilio Diniz

Empresário diz que confia nos fundamentos da economia brasileira e vê geração de empregos e distribuição de renda como a chave para manter crescimento

Diniz afirma que ainda não vê ações efetivas na zona do euro para sair da crise, mas que, como investidor, ainda confia no bloco econômico (Germano Lüders/EXAME)

Diniz afirma que ainda não vê ações efetivas na zona do euro para sair da crise, mas que, como investidor, ainda confia no bloco econômico (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 14h56.

São Paulo – O empresário Abilio Diniz disse em um vídeo publicado em sua página na internet que tem plena confiança no comportamento da economia brasileira em meio à crise europeia. “Os fundamentos no Brasil são muito sólidos. O país vai passar por todas as crises sem nenhuma dificuldade”, afirmou.

Diniz falou das perspectivas para o cenário econômico em 2012. Segundo ele, a economia brasileira vai sentir os efeitos da crise na zona do euro, e da desaceleração nos Estados Unidos e na Ásia. Mas o empresário diz que continua apostando na força do mercado interno do Brasil para garantir estabilidade em meio à turbulência internacional.

“Aquilo que já foi pensado para superar a crise em 2008, ou seja, trocar o consumo externo pelo consumo interno é a chave ainda. Não dá para ter expectativas de fazer grandes exportações, mas o consumo interno tem que continuar crescendo.”

Segundo o empresário, o sucesso do brasil, apoiado no mercado interno, continua dependendo da criação de empregos e da distribuição de renda.

Europa

Quanto à crise fiscal na eurozona, Diniz afirma que nenhuma das lideranças do bloco mostrou disposição para programar apertos fiscais e cortes de benefícios significativos. Para ele, a União Europeia ainda está longe de encontrar o caminho para superar a crise.

Mesmo assim, o empresário enxerga possibilidades. “Dá para cortar o que é supérfluo, mas tem que abrir caminho para gerar empregos, para o crescimento. Não vejo grandes preocupações com isso, mas, como investidor, acredito na Europa.”

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