Economia

Brasil vai manter avaliação de risco favorável, diz Barbosa

Segundo o ministro do Planejamento, o governo trabalha para melhorar condições da economia e isso deverá manter a avaliação de risco em situação favorável


	Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa: "estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos"
 (Bruno Domingos/Reuters)

Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa: "estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos" (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 20h14.

Brasília - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira que o governo está trabalhando para melhorar as condições da economia e que isso deverá manter a avaliação de risco do país em situação favorável, após ser questionado sobre a piora na perspectiva do rating do Brasil pela Standard & Poor's.

"Estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos, controle da inflação, reequilíbrio fiscal e principalmente recuperar o crescimento. Estamos confiantes que isso vai gerar efeitos no futuro próximo e manteremos a avaliação de risco em situação favorável", comentou o ministro ao deixar o Tribunal de Contas da União (TCU).

A agência de classificação risco Standard & Poor's alertou nesta terça-feira que o Brasil pode perder o grau de investimento devido a riscos políticos e econômicos. A agência manteve a classificação de crédito do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira em "BBB-", o nível mais baixo do grau de investimento, mas piorou de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota, sinalizando que um rebaixamento é possível em 12 a 18 meses. Avaliou ainda que as investigações de corrupção, que envolvem empresas e políticos no âmbito da operação Lava Jato, têm um peso cada vez maior nas perspectivas fiscais e econômicas. Questionado sobre o risco político e os efeitos dessa crise na conclusão do ajuste fiscal, o titular do Planejamento disse que o governo conseguiu aprovar medidas de rearranjo da economia no Congresso este ano e que em algumas situações, o Congresso opinou e aperfeiçoou as ações propostas.

"Passar pelo Congresso faz com que as decisões sejam mais duradouras." Sobre a valorização da moeda norte-americana ante o real, Barbosa voltou a afirmar que o câmbio é flutuante e que o Banco Central faz intervenções quando julga necessário.

Nesta terça-feira o dólar fechou em alta pela quinta sessão consecutiva, depois que a S&P sinalizou que o país pode perder o grau de investimento, mas o avanço foi limitado porque investidores ponderaram que a deterioração da nota do país já estava parcialmente embutida nos preços. Ao fim da sessão, a divisa avançou 0,15 por cento, a 3,3690 reais na venda.

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