Cerca de 13,78% dos veículos importados pelo Brasil são do México; Argentina lidera com 44,01% (Miguel Riopa/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 08h14.
São Paulo - O governo brasileiro deverá romper o acordo comercial que possui com o México com o intuito de reduzir o déficit que possui no setor automotivo. A decisão, que deve ser oficializada nos próximos dias, é mais uma da série de medidas protecionistas tomada sem consulta prévia ao Itamaraty pela presidente da República, Dilma Rousseff, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.
Segundo a reportagem, o anúncio será feito quando a presidente retornar ao Brasil junto com os ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
O acordo entre os dois países, firmado em 2002, conta com a possibilidade de anulação, desde que o cancelamento seja feito com 14 meses de antecedência, destaca o períodico.
Desta forma, o Brasil não deverá impor tarifas de importação para a compra de véiculos, partes e peças do México até 2013.
O Brasil registrou saldo positivo no comércio de automóveis com o México até 2009. Desde então, o resultado ficou negativo. As importações de carros do país latino-americano avançaram 40% desde 2011, para mais de 2 bilhões de dólares.