Economia

Brasil vai de 7º para 5º entre maiores economias em 2050, diz PwC

China deve continuar como maior economia do planeta em PPP enquanto Estados Unidos devem ser desbancados do segundo lugar pela Índia

Escadaria da Lapa (Tânia Rêgo/ABr)

Escadaria da Lapa (Tânia Rêgo/ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 18h45.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2017 às 18h52.

São Paulo - O Brasil vai subir do 7º para o 5º lugar entre as maiores economias do mundo até 2050, de acordo com relatório lançado hoje pela consultoria PwC.

A expectativa é que o PIB per capita do país cresça a um ritmo de 2,2% por ano.

Os números são em paridade de poder de compra, que considera rendimentos e custo de vida para neutralizar a diferença de força entre as moedas.

Por esse critério, a China já é a maior economia do planeta e assim deve continuar. Já os Estados Unidos devem ser desbancados do segundo lugar pela Índia, hoje em terceiro.

Veja as mudanças no top 20:

201620302050
1ChinaChinaChina
2Estados UnidosEstados UnidosÍndia
3ÍndiaÍndiaEstados Unidos
4JapãoJapãoIndonésia
5AlemanhaIndonésiaBrasil
6RússiaRússiaRússia
7BrasilAlemanhaMéxico
8IndonésiaBrasilJapão
9Reino UnidoMéxicoAlemanha
10FrançaReino UnidoReino Unido
11MéxicoFrançaTurquia
12ItáliaTurquiaFrança
13Coreia do SulArábia SauditaArábia Saudita
14TurquiaCoreia do SulNigéria
15Arábia SauditaItáliaEgito
16EspanhaIrãPaquistão
17CanadáEspanhaIrã
18IrãCanadáCoreia do Sul
19AustráliaEgitoFilipinas
20TailândiaPaquistãoVietnã

A previsão geral é que a economia mundial mais que dobre de tamanho até 2042, com os 7 maiores mercados emergentes crescendo a um ritmo duas vezes mais rápido do que as 7 maiores economias desenvolvidas.

Países como México e Indonésia teriam o PIB maior do que Reino Unido e França, com Paquistão e Egito ultrapassando Canadá e Itália (que desaba de 9º para 21º no ranking).

O Reino Unido terá perdas com a saída da União Europeia, mas ainda assim vai se sair melhor relativamente do que Alemanha e França.

A Europa, de forma geral, vai ser a maior perdedora em peso econômico: de 15% do PIB mundial hoje para 9% em 2050. Já a Índia vai aumentar sua participação de 7% para 15% no período.

Os maiores pulos no ranking seriam de Vietnã (de 32º para 20º), Filipinas (de 28º para 19º) e Nigéria (de 22º para 14º).

A diferença entre o PIB per capita de emergentes e desenvolvidos vai diminuir, mas não fechar totalmente.

Isso porque uma das forças motoras do crescimento econômico dos emergentes será o aumento populacional: o bolo maior terá que ser dividido entre mais pessoas.

Tudo isso, claro, é apenas especulação - se é difícil fazer previsão para esse ano, que dirá para as próximas décadas.

O relatório supõe "políticas amigáveis ao crescimento (incluindo nenhum retorno sustentado de longo prazo ao protecionismo) e nenhuma grande catástrofe que ameace a civilização".

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