Economia

Brasil vai cair 2 posições para 9ª maior economia, diz FMI

Recessão de 3% com depreciação do real vão fazer o PIB do país em dólar despencar e ficar atrás de Índia e Itália, segundo FMI

Notas de real (Marcos Santos/USP Imagens)

Notas de real (Marcos Santos/USP Imagens)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 16h03.

São Paulo - O Brasil vai perder duas posições e cair para o nono lugar das maiores economias do mundo em dólar, de acordo com os últimos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O PIB do Brasil em dólar vai terminar 2015 em US$ 1,8 trilhão, segundo as estimativas de hoje, e será ultrapassado por Índia e Itália.

Entre 2002 e 2011, o PIB brasileiro em dólares saltou 366% e chegou a US$ 2,6 trilhões na 6ª posição mundial. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega chegou a dizer que seríamos 5º lugar em 2015 ou antes.

Mas o resultado passou a piorar. Agora, o FMI acaba de dobrar sua previsão de recessão para o Brasil este ano de 1,5% para 3%, um pouco acima do consenso de mercado. 

A queda no ranking é resultado da economia em queda junto com a depreciação do real, que perdeu 50% do valor em relação ao dólar só este ano.

Com isso, o Brasil será ultrapassado de longe pela Índia, que tirou da China o posto de estrela ascendente da economia global, e um pouco pela Itália.

A mudança já estava prevista desde agosto e o cenário só piorou desde então. O ranking de maiores economias em dólar será, na ordem: Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Índia, Itália, Brasil e Canadá. 

Veja a trajetória: a Índia está em azul, o Brasil em vermelho e a Itália em laranja:

 

Trajetória do PIB em dólar de Brasil, Índia e Itália (FMI)

No ranking de paridade de poder de compra, que equaliza as cotações das moedas com base em uma medida internacional de poder de compra, o Brasil é o 7ª lugar mundial.

A China passou em 2014 para a liderança nesta medida e deve continuar aumentando a diferença, mesmo já levando em conta a desaceleração em curso. Ela é seguida por Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha, Rússia e Brasil.

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