Acordo deixou especialmente tensas as relações entre Brasília e Washington (.)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2010 às 23h10.
Rio de Janeiro - A vontade do Irã de enriquecer urânio a 20% em seu território nunca esteve sobre a mesa de negociações do acordo assinado por Brasil e Turquia com Teerã, afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores brasileiro Celso Amorim.
Amorim foi questionado em uma entrevista coletiva sobre a decisão da República Islâmica de continuar enriquecendo urânio em seu território, mesmo depois do acordo tripartite que garantia a ele combustível nuclear.
A suspensão do "enriquecimento a 20% não fazia parte da proposta original do 5+1 (grupo que discute o caso nuclear iraniano, composto por Estados Unidos, França, Rússia, China, Grã-Bretanha e Alemanha)", indicou.
"Isso não fazia parte - por várias boas razões - (entre outras) porque isso (enriquecer urânio a 20%) ainda não tinha acontecido", explicou Amorim.
"Na verdade, o Irã pediu à Agência (Internacional de Energia) Atômica para obter urânio enriquecido a 20% na forma de barras de combustível. Isso é um direito, garantido pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)", destacou.
"E então, o que aconteceu? Alguns países acharam que esta era uma oportunidade de propor um acordo" como o que foi assinado, acrescentou Amorim, falando ao lado de seu par turco, Ahmet Davutoglu, ambos presentes ao Fórum das Civilizações no Rio de Janeiro.
"Nossa missão era resolver esta troca de urânio. O futuro da questão nuclear iraniana cabe ao Irã e ao 5+1, ao Irã e à AIEA", a Agência Internacional de Energia Atômica, disse por sua vez Davutoglu. "Abrimos uma porta ao diálogo", considerou.
A fria recepção ao acordo tripartite alcançado por Brasil e Turquia com o Irã por parte das potências nucleares (que enviaram um novo projeto de sanções ao Conselho de Segurança da ONU contra a República Islâmica) irritou os líderes brasileiros e turcos.
Ao mesmo tempo, deixou especialmente tensas as relações entre Brasília e Washington.
O Irã decidiu continuar a enriquecer urânio em seu território, apesar do acordo garantir a Teerã o fornecimento de 120 quilos de combustível nuclear, em um prazo de um ano, em troca de 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido, que seria enviado pelos iranianos à Turquia.
O urânio é o combustível das armas atômicas. As potências nucleares suspeitam que o programa nuclear de Teerã seja destinado a desenvolver este tipo de armamento.
Desde o ano passado, a Abrapa integra o conselho da instituição suíça Better Cotton Initiative (BCI), que trabalha pela promoção da produção de algodão sustentável em todo o mundo. Este ano, a associação começou a implementar no campo o projeto que visa uma melhoria contínua da produção socioambiental, cujos resultados poderão ser medidos ano a ano.
"O BCI trabalha muito a questão do respeito às relações sociais, as noções de trabalho decente, a proibição total de trabalho indigno, degradante, análogo a escravo e infantil, e também a melhoria dos critérios de produção em relação ao meio ambiente", disse Cunha. A meta é tentar diminuir o impacto do plantio do algodão em relação ao meio ambiente. Cunha explicou que serão analisados o custo de defensivos, a conservação do solo, uso da água, preservação de hábitats e utilização da propriedade de acordo com a legislação ambiental.