Economia

Brasil terá crescimento sem brilho, diz Moody's

A agência disse que o cenário central das projeções mostra um crescimento de 2,0% a 3,0% do PIB do Brasil para este ano


	Agência de classificação de risco Moody´s: a agência alertou que o aperto monetário promovido pelo Banco Central deverá pressionar a demanda doméstica
 (Mike Segar/Reuters)

Agência de classificação de risco Moody´s: a agência alertou que o aperto monetário promovido pelo Banco Central deverá pressionar a demanda doméstica (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 07h19.

São Paulo - As projeções de curto prazo para a economia do Brasil continuam fracas, afirmou a Moody's. Em relatório sobre o cenário macroeconômico global publicado hoje, a agência de classificação de risco alertou que o Brasil "provavelmente verá um crescimento econômico sem brilho nos próximos dois anos".

A agência de classificação de risco disse que o cenário central das projeções coletadas mostra um crescimento de 2,0% a 3,0% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano. Para 2015, a estimativa é de um crescimento de 2,5% a 3,5% do PIB, inferior à projeção feita no relatório de novembro, de um avanço de 3,0% a 4,0%.

A Moody's afirmou que a atividade econômica do Brasil no ano passado foi mais fraca que o esperado inicialmente, refletindo a relutância dos empresários em investir e níveis inflacionários "persistentemente elevados". A agência alertou que o aperto monetário promovido pelo Banco Central deverá pressionar a demanda doméstica.

As obras de construção antes da Copa do Mundo podem fornecer algum apoio para a atividade econômica desse ano, mas há "sinais crescentes de que o crescimento pode sofrer para retornar ao ritmo pré-crise", destacou o relatório.

A sustentabilidade da taxa de crescimento de longo prazo também permanece como uma preocupação da agência, uma vez que a recente desaceleração da produtividade provavelmente reflete uma fraca infraestrutura. "O limitado apetite por risco do setor privado também deve persistir, limitado a relação de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) e talvez pressionando a oferta potencial", afirmou a Moody's.

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