Economia

Brasil terá colheita recorde de mais de 200 mi de toneladas

A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2015 será de 209 milhões de toneladas, um volume recorde e 8,1% superior à de 2014


	Produtividade na agricultura brasileira: a soja, o milho e o arroz, os principais produtos do país, representarão juntos 92,2% da produção brasileira de grãos
 (Cristiano Mariz / EXAME)

Produtividade na agricultura brasileira: a soja, o milho e o arroz, os principais produtos do país, representarão juntos 92,2% da produção brasileira de grãos (Cristiano Mariz / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 14h39.

Rio de Janeiro - O Brasil, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos, terá neste ano, pela primeira vez, uma colheita de mais de 20 milhões de toneladas de grãos, segundo uma projeção oficial divulgada nesta terça-feira.

A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2015 será de 209 milhões de toneladas, um volume recorde e 8,1% superior à de 2014 (193,3 milhões de toneladas), até agora a maior colheita do Brasil, segundo a previsão divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

A nova projeção dissipa as dúvidas geradas pela forte seca que afetou grande parte do Brasil nos primeiros meses de 2015, quando o país viveu uma crise hídrica que ameaçou o abastecimento de água e de energia, e que temia que pudesse ter efeitos negativos sobre a produção agrícola.

O novo cálculo foi elaborado com base nas visitas a campos feitas em julho pelos técnicos do organismo e prevê uma produção 1,3% superior à calculada em junho.

Segundo o organismo, a área que será colhida neste ano soma 57,7 milhões de hectares, com um crescimento de 2,1% frente à de 2014 (56,5 milhões de hectares).

A soja, o milho e o arroz, nessa ordem os principais produtos do país, representarão juntos 92,2% da produção brasileira de grãos e 86,3% da área colhida.

O aumento da produção agrícola brasileira neste ano será impulsionado principalmente pela soja, cuja colheita crescerá 11,9%, até um recorde de 96,7 milhões de toneladas, graças a uma ampliação de 5,8% na área colhida.

A colheita de milho crescerá 5,2%, até 83,3 milhões de toneladas, após um aumento de 1,1% da área cultivada, e a de arroz saltará 4,4%, até 12,7 milhões de toneladas, apesar da área semeada com este cereal ter reduzido 2,6%.

Dos 26 produtos analisados pelo Instituto, 15 registrarão aumento da produção. Além da soja, do milho e do arroz, também crescerão, entre outros, as colheitas de aveia (60,8%), cevada (21,8%), trigo (17%), laranja (9,3%), café arábico (4,6%), mandioca (2,3%), cana-de-açúcar (2,1%) e cebola (0,3%).

A produção prevista de café para este ano é de 44,2 milhões de sacos (de 60 quilos cada um) ou 2,7 milhões de toneladas, e a de cana-de-açúcar de 703,2 milhões de toneladas. O Brasil é o maior produtor e exportador de ambos.

Entre os 11 produtos cuja colheita reduzirá destacam o sorgo (-11,3%), o cacau (-11,0%) e o algodão (-6,3%).

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