Economia

Brasil tem superávit de US$4,4 bi, maior para o mês desde 89

Analistas estimavam que o saldo no mês ficaria positivo em 3,9 bilhões de dólares


	Exportação: analistas estimavam que o saldo no mês ficaria positivo em 3,9 bilhões de dólares
 (Joe Raedle/Getty Images)

Exportação: analistas estimavam que o saldo no mês ficaria positivo em 3,9 bilhões de dólares (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2016 às 15h44.

Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 4,435 bilhões de dólares em março, melhor patamar da série histórica iniciada em 1989 para esse mês, ainda refletindo a fraca economia e demanda por produtos importados.

Com isso, o saldo comercial do país ficou positivo em 8,398 bilhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta sexta-feira, melhor desempenho para o período desde 2007, quando o superávit foi de 8,7 bilhões de dólares.

Há um ano a balança comercial tem ficado no azul, beneficiada pela recessão e pelo dólar mais caro frente ao real, que levam as importações a caírem num ritmo mais acentuado que as exportações.

A dinâmica se repetiu no mês passado, quando as importações somaram 11,559 bilhões de dólares, queda de 30% sobre março de 2015, pela média diária.

Enquanto isso, as vendas externas ficaram em 15,994 bilhões de dólares, recuo de 5,8% na mesma base. Em pesquisa Reuters, a expectativa era de superávit de 3,9 bilhões de dólares em março.

Após as exportações superarem as importações em 19,7 bilhões de dólares em 2015, o Banco Central melhorou a projeção de superávit comercial neste ano, a 40 bilhões de dólares, frente a 30 bilhões de dólares.

Março em detalhes

Em março, as importações caíram em todas as categorias, com destaque para combustíveis e lubrificantes, com queda de 40,8% ante igual mês do ano passado, principalmente em função de preços menores de gás natural, carvão, petróleo em bruto e óleos combustíveis.

Também mostraram recuo os bens de consumo (-31%), bens intermediários (-28,3%) e bens de capital (-26,8%).

Entre janeiro e março, houve queda das importações em combustíveis e lubrificantes (-52,4%), bens intermediários (-32%), bens de capital (-27%) e bens de consumo (-26,9%), segundo o ministério.

No lado das exportações, os produtos básicos, que têm maior peso na balança, registraram queda de 1,8% no mês passado sobre março de 2015.

Enquanto isso, os produtos manufaturados caíram 5,6% e os semimanufaturados amargaram retração de 14,1%.

No trimestre, comparado com igual período de 2015, a queda nas exportações ocorreu com mais força em semimanufaturados (-8,5%), básicos (-5,4%) e manufaturados (-1,9%).

Matéria atualizada às 15h44

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