Economia

Brasil tem melhor saldo comercial para julho desde 2012

A balança comercial teve superávit de 2,379 bilhões de dólares no mês passado, no melhor resultado para meses de julho desde 2012


	Exportações: o saldo positivo foi obtido a partir da queda das importações em ritmo superior ao registrado pelas exportações
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Exportações: o saldo positivo foi obtido a partir da queda das importações em ritmo superior ao registrado pelas exportações (.)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2015 às 16h18.

Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,379 bilhões de dólares no mês passado, no melhor resultado para meses de julho desde 2012, influenciado por forte queda das importações em cenário marcado pela valorização do dólar, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira.

O resultado, fruto de importações de 16,147 bilhões de dólares e de exportações de 18,526 bilhões de dólares, veio em linha ao esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de 2,3 bilhões de dólares para o mês.

O superávit foi o melhor para meses de julho desde 2012, quando havia sido de 2,863 bilhões de dólares.

Assim como nos últimos meses, o saldo positivo foi obtido a partir da queda das importações em ritmo superior ao registrado pelas exportações na comparação com igual período do ano passado.

Em julho, as exportações tiveram declínio de 19,5 por cento pela média diária ante o mesmo mês de 2014, ao passo que o recuo para as importações foi de 24,8 por cento na mesma base.

Enquanto a demanda por importações segue impactada pela derrocada da economia e encarecimento do dólar, as exportações sofrem com a diminuição no preço de importantes commodities da pauta comercial brasileira, como petróleo e minério de ferro e soja, movimento que ofusca o aumento do volume de exportação desses mesmos produtos.

No mês passado, houve forte diminuição nas receitas com exportações de petróleo em bruto, minério de ferro, carne bovina, café em grão, ferro fundido, entre outros itens.

Já as importações foram afetadas pela diminuição das compras em todas as categorias de produtos, com destaque para o grande recuo de 60,9 por cento nas aquisições no exterior de combustíveis e de 17,6 por cento nas compras de matérias-primas.

O resultado de julho ajudou a balança a alargar o saldo positivo no acumulado dos primeiros sete meses do ano, a 4,599 bilhões de dólares ante déficit de 952 milhões de dólares.

À Reuters, o ministro do MDIC, Armando Monteiro, afirmou esperar que o superávit em 2015 fique entre 8 bilhões e 10 bilhões de dólares, superior à faixa projetada anteriormente de 5 a 8 bilhões de dólares.

A balança comercial também tem ajudado a reduzir o déficit em transações correntes do país. No primeiro semestre deste ano, o rombo ficou em 38,282 bilhões de dólares, quase 25 por cento inferior ao déficit de 49,972 bilhões de dólares no mesmo período de 2014.

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