Economia

Brasil terá longo caminho a percorrer, diz Azêvedo

O diplomata ressaltou que o país dispõe de capacidade de diálogo e que o comércio brasileiro é “globalizado e pulverizado”

O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo: o embaixador brasileiro ressaltou que, ao assumir o cargo de diretor-geral em 1º de setembro, não representará mais o Brasil. (Antonio Cruz/ABr)

O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo: o embaixador brasileiro ressaltou que, ao assumir o cargo de diretor-geral em 1º de setembro, não representará mais o Brasil. (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo disse hoje (23) que o caminho que será trilhado pelo Brasil na organização é “longo e difícil”. Mas o diplomata, que há mais de 20 anos lida com questões de comércio internacional, ressaltou que o país dispõe de capacidade de diálogo e que o comércio brasileiro é “globalizado e pulverizado”.

“O caminho que o Brasil terá será longo e difícil”, disse Azevêdo referindo-se ao fato de as negociações multilaterais na OMC estarem estagnadas há cerca de duas décadas. O diplomata participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

O novo diretor-geral, entretanto, ressaltou que as características do comércio brasileiro favorecem o país nas negociações internacionais. “O Brasil é hoje responsável por um comércio globalizado e pulverizado. Temos uma vocação para o comércio globalizado”, disse ele. “É a OMC que estabelece as regras para que sejam cada vez mais equilibradas em bases horizontais e equitativas, sem que o campo esteja desnivelado em favor de A, B ou C.”

Azevêdo lembrou a atuação brasileira na resolução de conflitos. “O Brasil tem atuado nos mecanismos de solução de controvérsia e o faz de maneira positiva. [A OMC] é uma organização que oferece muito ao Brasil. Nossa parceria oferece muito para continuar esse diálogo.”

O embaixador brasileiro ressaltou que, ao assumir o cargo de diretor-geral em 1º de setembro, não representará mais o Brasil. Porém, bem-humorado, ele disse que não se esquecerá da sua nacionalidade. “Uma vez assumindo a direção-geral, eu deixo de ser o embaixador e representante permanente do Brasil, o que não significa que deixarei de ser brasileiro, vou continuar tomando minha caipirinha e jogando meu futebol, no fim de semana”, destacou.

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