Economia

Desemprego avança a 12,6% nos três meses até fevereiro, diz IBGE

País tem 13,1 milhões de desempregados e número de empregados com carteira de trabalho assinada atingiu o menor nível desde 2012, segundo IBGE

Desemprego: taxa ficou em 12,6 por cento nos três meses até fevereiro, segundo IBGE (Paulo Whitaker/Reuters)

Desemprego: taxa ficou em 12,6 por cento nos três meses até fevereiro, segundo IBGE (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2018 às 09h12.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 11h12.

São Paulo - A taxa de desemprego no Brasil voltou a subir no trimestre até fevereiro e o número de empregados com carteira de trabalho assinada atingiu o menor nível desde 2012, diante da economia que apresenta recuperação irregular no início do ano.

A taxa de desemprego brasileira avançou a 12,6 por cento nos três meses até fevereiro, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta foi a segunda alta seguida após a taxa ter ficado em 12,2 por cento no trimestre até janeiro e ficou ligeiramente acima do esperado na pesquisa da Reuters de 12,5 por cento.

"Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de ano", explicou em nota o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

O país tinha 13,121 milhões de pessoas desempregadas entre dezembro e fevereiro, ante 12,689 milhões de pessoas nos três meses até janeiro e 13,547 milhões no mesmo período do ano anterior.

O contingente de pessoas ocupadas no período foi a 91,091 milhões, sobre 91,702 milhões no trimestre até janeiro e 89,346 milhões um ano antes.

O mercado de trabalho brasileiro, ainda sofrendo as consequências de dois anos de recessão, continua marcado pelo emprego informal.

Segundo o IBGE,número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada chegou a 10,761 milhões no trimestre até fevereiro, alta de 5 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, o contingente de empregados com carteira caiu 1,8 por cento, para 33,126 milhões, menor nível em números absolutos da série histórica iniciada em 2012, de acordo com o IBGE.

O rendimento médio do trabalhador, ainda segundo a Pnad Contínua, foi de 2.186 reais no trimestre até fevereiro, contra 2.176 reais nos três meses até janeiro e 1.248 no mesmo período do ano anterior.

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