Economia

Desemprego volta a subir e atinge 12,7 milhões de brasileiros

A alta de trabalhadores desempregados foi de 12%; já o número de trabalhadores por conta própria bateu recorde histórico, com 23,9 milhões de pessoas

Taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,0 por cento nos três meses até janeiro (Paulo Whitaker/Reuters)

Taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,0 por cento nos três meses até janeiro (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 09h13.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 10h33.

São Paulo — O Brasil iniciou o ano com alta na taxa de desemprego para o nível mais alto em cinco meses e elevação no número de desempregados, em um movimento sazonal de dispensa após as contratações de final de ano, com persistência da informalidade.

A taxa de desocupação ficou em 12,0% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento representou a entrada de 318 mil pessoas na população desocupada, totalizando 12,7 milhões de trabalhadores desempregados.

Em igual período de 2018, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,2%. No trimestre até dezembro de 2018, o resultado ficou em 11,6%.

Em nota, o IBGE afirmou que o trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que os mesmos períodos de 2018 e 2017. “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados".

A categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu 1,2% na comparação com o trimestre anterior (23,9 milhões de pessoas) e bateu recorde histórico no semestre encerrado em janeiro.

Por outro lado, caíram os empregados do setor privado sem carteira assinada (-321 mil pessoas, de um total de 11,3 milhões) e os trabalhadores do setor público caíram 1,8% (11,5 milhões).

Enquanto isso, os empregados do setor privado com carteira assinada permaneceram estáveis (32,9 milhões), assim como os trabalhadores domésticos (6,2 milhões).

Renda média

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.270 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 205 bilhões no trimestre até janeiro, alta de 1,9% ante igual período do ano anterior.

 

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