Economia

Brasil tem déficit em transações correntes de US$ 6,1 bi

O Brasil registrou saldo negativo em transações correntes – compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo – de  US$ 6,163 bilhões, no mês de julho, informou o Banco Central. De janeiro a julho, o déficit em transações correntes chegou a  US$ 44,094 bilhões. Ao comentar o resultado, o chefe do […]


	Sede do Banco Central em Brasília: ao comentar o resultado, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, disse que os números refletem o atual dinamismo da economia brasileira, com ritmo menor do que no ano passado
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Sede do Banco Central em Brasília: ao comentar o resultado, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, disse que os números refletem o atual dinamismo da economia brasileira, com ritmo menor do que no ano passado (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 13h13.

O Brasil registrou saldo negativo em transações correntes – compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo – de  US$ 6,163 bilhões, no mês de julho, informou o Banco Central.

De janeiro a julho, o déficit em transações correntes chegou a  US$ 44,094 bilhões.

Ao comentar o resultado, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, disse que os números refletem o atual dinamismo da economia brasileira, com ritmo menor do que no ano passado. "Isso tem impactos nas contas”, acrescentou Maciel.

No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo das transações correntes, com déficit de US$ 3,336 bilhões.

Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), o saldo negativo ficou em US$ 5,214 bilhões.

A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou, em julho, resultado positivo de US$ 241 milhões, assim como a balança comercial (exportações e importações), de US$ 2,146 bilhões.

O resultado positivo da balança comercial, segundo Túlio Maciel, se deve à movimentação da taxa de câmbio, que já se valorizou 30% em relação aos números do ano passado.

Conforme disse Maciel, em razão da valorização do dólar, “as exportações ficaram mais competitivas”.

Em julho, o investimento direto no país (IDP) chegou a US$ 5,994 bilhões, acumulando US$ 36,926 bilhões, nos sete meses do ano.

O investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior chegou a US$ 234 milhões, no mês passado, e a US$ 11,045 bilhões, no acumulado do ano.

Para o investimento em títulos negociados no país, houve mais saída do que ingresso de investimentos, com saldo negativo de US$ 3,022 bilhões, em julho. Nos sete meses, o saldo ficou positivo em US$ 17,798 bilhões.

Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior.

O IDP, recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar projetos de longo prazo.

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