Economia

Brasil tem déficit nas contas externas pior do que o esperado em junho

Déficit em transações correntes no mês foi de US$ 2,9 bilhões ; no primeiro semestre, déficit cresceu 32% sobre o mesmo período do ano passado

Reais e dólares: os gastos líquidos de brasileiros com viagens internacionais somou 1,150 bilhão de dólares em junho (Ricardo Moraes/Reuters)

Reais e dólares: os gastos líquidos de brasileiros com viagens internacionais somou 1,150 bilhão de dólares em junho (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de julho de 2019 às 11h25.

Última atualização em 26 de julho de 2019 às 09h53.

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou em junho um déficit em transações correntes de 2,914 bilhões de dólares, acumulando em 12 meses um saldo negativo de 0,91% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta quinta-feira.

O resultado do mês veio pior do que o déficit de 1,500 bilhão de dólares esperado por analistas, segundo pesquisa da Reuters.

No mês passado, o investimento direto líquido no país totalizou 2,190 bilhões de dólares, bem abaixo do fluxo esperado por analistas, de 5,750 bilhões de dólares.

No fechado do primeiro semestre, o déficit em transações correntes alcançou 10,553 bilhões de dólares, crescimento de 32% sobre igual período do ano passado.

No último mês, o BC previu que o rombo em transações correntes será de 19,3 bilhões de dólares em 2019, bem abaixo do patamar de 30,8 bilhões de dólares visto antes, na esteira da menor perspectiva de crescimento da economia brasileira.

Com a atividade mais fraca, a tendência é de menor apetite por importações, resultando num superávit mais alto do que o esperado para a balança comercial, fator de peso no desempenho das transações correntes.

Em junho, o saldo das trocas comerciais novamente deu o tom para o resultado das transações correntes, ficando positivo em 4,297 bilhões de dólares, com queda de 22% sobre o mesmo mês do ano passado.

Os gastos líquidos de brasileiros com viagens internacionais somou 1,150 bilhão de dólares em junho. Já as remessas de lucros e dividendos totalizaram 2,929 bilhões de dólares.

(Por Isabel Versiani)

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