Economia

Brasil tem a menor produtividade entre 12 países pesquisados

A baixa produtividade colaborou para que o Brasil registrasse, na década, o mais alto custo unitário do trabalho (CUT), o custo para se produzir um bem


	Despreparo da mão-de-obra brasileira poderia ser um dos motivos da queda na produção
 (François Calil / VOCÊ S/A/VOCÊ S/A)

Despreparo da mão-de-obra brasileira poderia ser um dos motivos da queda na produção (François Calil / VOCÊ S/A/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 18h07.

Brasília - A produtividade – índice que mede quanto se produz por hora trabalhada  - cresceu no Brasil 6% ao ano, entre 2002 e 2012, o menor na comparação com outros 11 países pesquisados, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os países com produtividade superior à brasileira são: Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Espanha, Alemanha, França, Austrália, Canadá e Itália.

O economista Renato da Fonseca, gerente de pesquisa e competitividade da CNI atribui, em parte, o resultado da pesquisa à baixa qualidade de mão de obra dos trabalhadores brasileiros. “Infelizmente temos mão de obra despreparada para aprender novas tecnologias”, disse.

Ele disse que outra causa da baixa produtividade brasileira é a taxa de investimento inexpressiva. “Desde 2010 a economia brasileira praticamente não cresce”, acrescentou.

Na pesquisa da CNI sobre produtividade, a Coreia do Sul aparece no outro extremo com alta de 6,7% ao ano. Nos Estados Unidos o aumento foi 4,4% ao ano. No Brasil o crescimento acumulado entre 2002 e 2012 foi 6,6%.

A baixa produtividade do trabalho colaborou para que o Brasil registrasse, na década, o mais alto custo unitário do trabalho (CUT) em dólares reais (descontada a inflação). O CUT, que representa o custo com trabalho para se produzir um bem, aumentou 9% ao ano entre 2002 e 2012.

O segundo colocado, a Austrália, registrou alta de 5,3% ao ano. Quatro dos 11 países comparados tiveram aumento do CUT. No outro extremo aparecem Taiwan e Estados Unidos, que reduziram o CUT em 6,2% e em 5,2%, respectivamente.

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