Economia

Brasil suspende autorização para importação de café do Peru

O Conselho Nacional do Café (CNC), que representa cafeicultores no Brasil, comemorou a medida


	Café: não foi possível saber imediatamente se alguma carga foi importada no período em que as compras estiveram autorizadas
 (Getty Images)

Café: não foi possível saber imediatamente se alguma carga foi importada no período em que as compras estiveram autorizadas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 12h28.

São Paulo - O governo brasileiro suspendeu nesta quinta-feira autorização dada no fim de abril para o indústrias importarem de forma inédita café verde do Peru, após forte pressão de cafeicultores no maior produtor e exportador global, frustrando planos de torrefadoras locais de melhorar suas vendas com o marketing de um "blend" próprio com o grão importado.

O diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) decidiu suspender a importação de grãos verdes de café provenientes do Peru até a apresentação por parte da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária daquele país de plano de trabalho para aprovação do DSV, segundo publicação nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.

O plano do órgão peruano deverá conter informações sobre a produção, pragas presentes e tratamentos fitossanitários utilizados, bem como medidas de mitigação de risco de envio de pragas no comércio internacional de café, o que não estava previsto na autorização dada em abril.

O Conselho Nacional do Café (CNC), que representa cafeicultores no Brasil, comemorou a medida e enfatizou que a importação somente deveria ser admitida, "única e exclusivamente, em caso de extrema necessidade".

Segundo nota do CNC, a suspensão da importação é "correta e adequada ao cenário mercadológico, haja vista que o ingresso de grãos arábicas do exterior pressionaria ainda mais as cotações aviltadas pagas aos produtores", num momento em que o Brasil inicia a sua colheita 2015/16.

O CNC agradeceu ainda a ministra Kátia Abreu e a presidente Dilma Rousseff pela suspensão.

Segundo o CNC, se fosse permitida, a importação deveria incluir limites de volume e prazo máximo de três meses para a utilização da matéria-prima importada, entre outras exigências.

Não foi possível saber imediatamente se alguma carga foi importada no período em que as compras estiveram autorizadas.

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