Economia

Brasil somou 4,87 milhões de empresas ativas em 2020

Saldo entre entrada e saída de empresas ficou positivo no ano

O salário médio mensal teve redução de 3,8% entre 2020 e 2019. Em 2020, era de R$ 2568,48. Em 2019, R$ 2668,62 (Leandro Fonseca/Exame)

O salário médio mensal teve redução de 3,8% entre 2020 e 2019. Em 2020, era de R$ 2568,48. Em 2019, R$ 2668,62 (Leandro Fonseca/Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de outubro de 2022 às 11h17.

Em 2020, o Brasil tinha 4,87 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões (82,3%) assalariadas e 7 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. Apesar da pandemia de covid-19, o saldo entre entrada e saída de empresas no mercado permaneceu positivo em 2020. Entraram no mercado 826,4 mil empresas e saíram 634,4 mil, com saldo final de 192 mil empresas.

Os dados constam da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas do Empreendedorismo 2020, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, a redução da saída das empresas do mercado em 2020 em relação a 2019, pode ser atribuída a alguns fatores como as políticas públicas que contribuíram para a sobrevivência das companhias, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, e a incerteza da duração da pandemia.

O salário médio mensal teve redução de 3,8% entre 2020 e 2019. Em 2020, era de R$ 2568,48. Em 2019, R$ 2668,62.

A idade média das empresas era de 11,6 anos em 2020, a mesma de 2018 e praticamente a mesma de 2019 (11,7 anos).

O setor com o maior saldo de empresas em 2020 (39 mil) foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. O que mais perdeu foi alojamento e alimentação, com menos 4.981 empresas.

Segundo o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira, os setores de alojamento e alimentação sofreram impacto gigantesco na pandemia, com fechamento de empresas e dispensa de pessoal. Ele destacou que esses setores empregam majoritariamente mulheres. O estudo observou que a proporção de mulheres assalariadas nas empresas que saíram do mercado (44,1%) foi maior do que nas que entraram (40,5%).

“Essas variações observadas podem estar relacionadas às políticas de saúde adotadas durante a pandemia, como a proibição de serviços de mesa em bares e restaurantes, o fechamento temporário de equipamentos culturais e a suspensão de atividades artísticas e esportivas que envolvem aglomeração de pessoas”, diz o IBGE.

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