Economia

Brasil quer José Graziano em nova gestão na FAO

O governo apresentou a candidatura de José Graziano da Silva para 2º mandato como diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura


	Jose Graziano da Silva: ex-ministro do governo Lula será o único candidato para o cargo
 (AFP)

Jose Graziano da Silva: ex-ministro do governo Lula será o único candidato para o cargo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 08h13.

Genebra - O governo brasileiro apresentou a candidatura de José Graziano da Silva para um segundo mandato como diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O ex-ministro do governo Lula será o único candidato para o cargo com sede em Roma e não sofrerá a concorrência de nenhum outro país. Dias antes de lançar o nome de Graziano, o Brasil depositou à FAO os US$ 15 milhões que devia à entidade com relação às contribuições obrigatórias de 2014.

A eleição ocorre em junho e, até o encerramento das candidaturas para o cargo no dia 31 de janeiro, a FAO informa que apenas o governo do Brasil declarou seu interesse pelo cargo, o que torna Graziano o único a disputar as eleições.

O brasileiro venceu o pleito em junho de 2011 para um primeiro mandato, sob a promessa de modernizar a administração da entidade e combater a fome no mundo. Naquele momento, o que definiu a vitória do ex-ministro foi o apoio da África, costurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Seu eventual segundo mandato, porém, será marcado por uma queda acentuada nos preços das commodities, um desafio para a renda de milhões de agricultores pelo mundo.

Dívida

Para poder se candidatar, porém, Graziano precisou mostrar que o compromisso do governo brasileiro com a FAO ainda estava intacto. Por essa razão, três dias antes de registrar a candidatura do ex-ministro, o Ministério do Planejamento quitou as dívidas que o país mantinha com o órgão da ONU.

Nos últimos meses, o Brasil tem acumulado dívidas com as Nações Unidas e, diante de um aperto fiscal realizado pelo governo, o Itamaraty já começou a ser suspenso de alguns organismos da ONU por falta de pagamento.

No caso da Agência Internacional de Energia Atômica e do Tribunal Penal Internacional, o Brasil já perdeu seu direito de voto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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