Economia

Brasil precisa de políticas para combater desequilíbrios regionais

Professor da UFRJ diz que governo precisa instaurar políticas públicas para mudar situação de má distribuição de renda entre regiões e que situação não pode ser controlada pelo mercado

Segundo estudo, região Centro-Oeste foi a que mais cresceu nas últimas décadas (.)

Segundo estudo, região Centro-Oeste foi a que mais cresceu nas últimas décadas (.)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2010 às 17h54.

Brasília - Um documento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (12) mostrou que 78,1% do Produto Interno Bruto nacional se concentra em 10% dos municípios mais ricos. Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) João Saboia, é papel do governo estabelecer políticas públicas para tentar reduzir as desigualdades ente as regiões. "Só o governo pode tomar a iniciativa. Reduzir impostos, favorecer investimentos e estimular a abertura de empresas é papel das autoridades, locais e federais", defende.

Para o professor, o governo conseguiu, apenas, impedir o aumento das desigualdades. "Isso pode ser visto como um ponto positivo, mas muito mais precisa ser feito", disse ele. Segundo Saboia, a má distribuição de renda entre as regiões do país é previsível, pois as economias das regiões Sul e Sudeste são mais movimentadas. "Por isso, o trabalho para redistribuir não pode ficar na mão do mercado", explica.

O estudo do IPEA aponta que a emergência dos investimentos públicos em energia e infraestrutura do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e o avanço das políticas de transferência de renda ainda não serão suficientes para o estabelecimento de maior queda no grau desigualdade dos municípios no PIB nacional. O professor Saboia concorda. "Apesar do esforço feito pelos diversos governos nas últimas décadas, as desigualdades regionais permanecem em níveis muito elevados, dificultando a integração econômica do país"

 

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