Economia

Brasil precisa elevar produtividade, diz Schwartsman

Economista destaca a reforma tributária, inserida nas "regras do jogo", como o campo a ser atacado de forma mais urgente pelo novo governo a assumir em 2015


	 Todos os caminhos para a economia brasileira crescer de forma mais acelerada passam pelo aumento da produtividade
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

 Todos os caminhos para a economia brasileira crescer de forma mais acelerada passam pelo aumento da produtividade (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 14h54.

Rio - Todos os caminhos para a economia brasileira crescer de forma mais acelerada passam pelo aumento da produtividade. Assim o economista e consultor Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (BC), resume o ponto central de "Complacência", livro sobre os entraves ao crescimento econômico no Brasil, escrito em coautoria com o economista Fabio Giambiagi, ex-pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atualmente executivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo dos autores é responder por que o Brasil cresce menos do que poderia. O livro, publicado pela Elsevier, será lançado no próximo dia 8, em São Paulo.

Segundo Schwartsman, o Brasil conseguiu crescer mais entre 2004 e 2010 porque tinha "folga", com gente desempregada. "A economia foi crescendo e a taxa de desemprego, reduzindo", diz Schwartsman. A questão, de acordo com o economista, é que o crescimento baseado apenas na expansão do emprego é insustentável. Por isso, é preciso fazer a "transição para a produtividade". Dessa forma, o livro de Schwartsman e Giambiagi se debruça sobre entraves a essa "transição para a produtividade". Aí entram maior abertura comercial, melhorias na educação e na infraestrutura e seguranças nas "regras do jogo" - leis, marcos regulatórios e bom funcionamento das instituições.

Schwartsman destaca a reforma tributária, inserida nas "regras do jogo", como o campo a ser atacado de forma mais urgente pelo novo governo a assumir em 2015, seja num segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ou numa vitória da oposição. "Centraria fogo e poder político na reforma tributária", sugere o economista, completando que uma simplificação e redução da burocracia do sistema de impostos já faria diferença, independentemente do tamanho da carga tributária. Ainda assim, nenhuma medida geraria efeitos em menos de dois anos.

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