Economia

Brasil pode voltar a grau de investimento em 2018, diz Tesouro

Secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, disse que volta ao grau de investimentojá em 2018 é "viável e possível"

Ana Paula Vescovi: "esse trabalho precisa ser muito focado na volta da obtenção de superávits primários" (Valter Campanato/Agência Brasil)

Ana Paula Vescovi: "esse trabalho precisa ser muito focado na volta da obtenção de superávits primários" (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 14h16.

Brasília - A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, voltou a dizer que a retomada do grau de investimento e do selo de bom pagador ao País é um objetivo de todo o governo e confirmou que fazer isso já em 2018 é "viável e possível".

"Esse trabalho precisa ser muito focado na volta da obtenção de superávits primários em volume ideal para fazer com que a divida pública decline em relação ao PIB", afirmou.

A secretária comentou nesta manhã os resultados do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2017, divulgados nesta quarta-feira, 25

Ela enfatizou que, desde que o País perdeu o grau de investimento, 2,5 milhões de empregos também foram perdidos. "Isso está relacionado à perda da confiança na economia", avaliou.

A secretária do Tesouro Nacional disse ainda que o órgão evitou realizar emissões externas em janeiro para dar oportunidade à empresas realizarem suas estratégias de financiamento.

Ana Paula confirmou que uma emissão em euros neste ano "é bastante possível".

"Vamos continuar avaliando o cenário europeu", afirmou. Ela afirmou, também, que o Tesouro continua avaliando a possibilidade de realizar emissões no mercado asiático, mas informou que ainda será necessária a conclusão de estudos para a definição da moeda para essa emissão. "O objetivo é criar referências para emissões de empresas brasileiras no mercado asiático", completou.

BNDES

Ana Paula Vescovi disse que o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2017 não prevê nenhum novo adiantamento de recebimentos do BNDES e também não contempla nenhuma capitalização de bancos públicos ou empresas estatais.

"A estratégia do governo neste ano é garantir o cumprimento da meta fiscal", explicou.

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