Economia

Por inflação, Brasil pode elevar juros novamente, diz FMI

Com a Selic em sua mínima histórica, Banco Central pode ter que elevar a taxa no ano que vem se a inflação voltar a subir, avalia Fundo Monetário Internacional


	Prédio do Banco Central, em Brasília: FMI acredita em uma inflação de 5,1% em 2013, abaixo do teto da meta, que é de 6,5%
 (Divulgação/Banco Central)

Prédio do Banco Central, em Brasília: FMI acredita em uma inflação de 5,1% em 2013, abaixo do teto da meta, que é de 6,5% (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2012 às 10h09.

Cidade do México - O Brasil pode ter de elevar sua taxa de juros para conter as expectativas de inflação à medida que o crescimento econômico é retomado, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira.

O Banco Central cortou a Selic para a mínima histórica de 7,25 por cento na quarta-feira, e analistas e autoridades estão divididos sobre se será necessário elevá-la no ano que vem.

O FMI espera que o crescimento recupere-se em 2013 e atinja 4 por cento, ao passo que prevê que a inflação ficará em 5,1 por cento no ano que vem, acima do centro da meta, de 4,5 por cento.

"À medida que se fortalece a recuperação, pode ser necessário descartar estímulos para reduzir mais firmemente expectativas de inflação em alguns países (por exemplo, Brasil e Uruguai)", disse o FMI em seu mais recente relatório regional sobre a América Latina.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há necessidade de aumentar os juros no ano que vem, mas uma autoridade do BC afirmou que não hesitaria em elevar as taxas caso a inflação superasse o teto da meta, de 6,5 por cento.

A inflação foi de 5,28 por cento em setembro e os preços de juros futuros sugerem que investidores esperam uma alta de 0,5 ponto percentual nos juros em julho de 2013.

O Uruguai elevou sua taxa de juros para 9 por cento no mês passado.

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