Economia

Brasil pode recorrer à OMC contra restrições da UE às importações de frango

Em maio, a UE aprovou um regulamento que autoriza apenas a entrada de carne de frango fresca, congelada ou ultracongelada no bloco econômico

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O Brasil poderá entrar com consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as restrições impostas pela União Europeia (UE) às importações de frango, disse há pouco o diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey. Segundo ele, a análise preliminar do Itamaraty indica que as novas regras representam discriminação contra a carne brasileira.

Segundo Cozendey, as novas normas da UE provocam dano econômico aos produtores nacionais de frango, à medida que fechou um importante mercado para as exportações do produto. "O governo tem indícios de que há descumprimento das normas da OMC. De fato, há discriminação em relação ao produto nacional sem justificativa sanitária."

Pelos procedimentos da OMC, o Brasil ainda não pode entrar com queixa contra a União Europeia sem antes pedir consulta formal ao órgão internacional. Somente se as consultas não derem resultado, o país pode entrar com um painel, uma espécie de queixa oficial. De acordo com a União Brasileira de Avicultura, as novas regras podem provocar prejuízo de R$ 450 milhões aos produtores brasileiros.

Em maio, a UE aprovou um regulamento que autoriza apenas a entrada de carne de frango fresca, congelada ou ultracongelada no bloco econômico. A medida prejudica a venda do frango que é descongelado em território europeu para ser processado e usado em alimentos industrializados.

Leia mais sobre Exportações

Siga as últimas notícias de Economia no Twitter

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaComércioComércio exteriorExportações

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE