Economia

Brasil pode propor mudanças para subsídios agrícolas na OMC, diz porta-voz

Segundo general Otávio Rêgo Barros, novas regras para subsídios agrícolas serão propostas caso se aprovem normas mais restritivas para subsídios industriais

Agricultura: Governo brasileiro vai defender a reforma da OMC e pode propor novas regras para subsídios agrícolas caso se aprovem normas mais restritivas para subsídios industriais (Sean Gallup/Getty Images)

Agricultura: Governo brasileiro vai defender a reforma da OMC e pode propor novas regras para subsídios agrícolas caso se aprovem normas mais restritivas para subsídios industriais (Sean Gallup/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de junho de 2019 às 16h13.

O governo brasileiro vai defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e pode propor novas regras para subsídios agrícolas caso se aprovem normas mais restritivas para subsídios industriais, disse o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, nesta terça-feira.

"A posição brasileira é que a reforma da OMC é necessária, pois as regras são de décadas atrás. O Brasil negocia qualquer tema, mas se tornarem mais restritas as regras para subsídios industriais, o Brasil vai propor regras para subsídios agrícolas", afirmou Rêgo Barros, em briefing à imprensa no Palácio do Planalto.

O porta-voz disse não ter conhecimento sobre se algum país esteja disposto a tratar desse assunto no momento.

"Não obstante, é um direito nosso, até por soberania nacional, de colocarmos as nossas intenções, as nossas definições das tratativas que venham a ocorrer e, eventualmente se nós tivermos que enfrentar decisões e tratativas advindas de outros países, nós vamos ter que usar as ferramentas diplomáticas e comerciais que são normais nesse tipo de negociação", destacou.

Reunião do G20

O porta-voz disse que, durante a viagem da comitiva presidencial à reunião do G20 no Japão, será realizada uma reunião do Brics à margem dessa cúpula. Ele citou o fato de que o Brasil exerce a presidência do Brics --formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul-- este ano.

Bolsonaro, segundo o porta-voz, inicia a sua viagem internacional nesta terça-feira e retorna no sábado. Segundo ele, o governo brasileiro quer estabelecer um relacionamento mais profundo com os países do G20 e outros convidados ao encontro.

Rêgo Barros também citou uma reunião prevista com presidente chinês, Xi Jinping, antes do encontro do G20. Ele destacou que a China é o "maior parceiro" comercial do Brasil, que o vice-presidente Hamilton Mourão já esteve naquele país asiático e que o planejamento para uma viagem para lá no segundo semestre está bastante adiantado.

O porta-voz disse que novas reuniões bilaterais poderão ser confirmadas ao longo da viagem. Segundo ele, o governo também poderá abordar assuntos referentes à crise na Venezuela durante o giro.

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