Economia

Brasil pode lidar com turbulências externas, diz Fazenda

Segundo ministério, Brasil tem expressivo volume de reservas internacionais e ingresso de investimento estrangeiro tem sido suficiente para financiar o déficit


	Henrique Meirelles: segundo ministério, Brasil tem expressivo volume de reservas internacionais e ingresso de investimento estrangeiro tem sido suficiente para financiar o déficit
 (Ricardo Moraes / Reuters)

Henrique Meirelles: segundo ministério, Brasil tem expressivo volume de reservas internacionais e ingresso de investimento estrangeiro tem sido suficiente para financiar o déficit (Ricardo Moraes / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 16h16.

O Brasil tem fundamentos econômicos sólidos e dispõe de instrumentos para lidar com turbulências na economia internacional, informou há pouco o Ministério da Fazenda.

Em nota sobre a saída da Grã Bretanha da União Europeia, a pasta destacou que o país está preparado para instabilidades na economia global.

Segundo o ministério, o Brasil tem expressivo volume de reservas internacionais e o ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar o déficit nas contas externas. Esses dois fatores ajudam a conter pressões para a elevação da cotação do dólar.

O comunicado destacou que as condições de financiamento da dívida pública brasileira permanecem sólidas apesar da volatilidade nos mercados financeiros.

Isso porque o Tesouro Nacional tem amplo colchão de liquidez (reserva de recursos para pagar os vencimentos da dívida pública) e porque, diferentemente de muitos países, a dívida pública brasileira é composta majoritariamente de títulos públicos em reais, não em dólares ou em euros.

A Fazenda informou que recentemente o governo anunciou medidas para conter o crescimento dos gastos públicos no longo prazo. “A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco do país reflete essas ações”, destacou a nota.

O comunicado tem tom semelhante ao da nota emitida pelo Banco Central (BC) mais cedo. No texto, a autoridade monetária destacou que está monitorando continuamente as condições econômicas no Brasil e no exterior e que adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal do câmbio e do mercado de ações.

O BC também destacou que o Brasil tem instrumentos para enfrentar momentos de turbulência internacional. “A economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional”, ressaltou a nota.

Mercado financeiro

No mercado brasileiro, o dólar comercial estava cotado a R$ 3,381, por volta das 14h40, com alta de 1,09%. A valorização da moeda norte-americana desacelerou nas últimas horas.

Mais cedo, às 9h20, a divisa abriu a R$ 3,436. O euro opera com queda de 0,83%, vendido a R$ 3,783. A libra esterlina é vendida a R$ 4,654, com recuo de 7,06%.

Na bolsa de valores, o índice Ibovespa tem queda de 2,74%, aos 50.146 pontos. Todas as ações do índice operam em baixa. Ontem (23), o indicador tinha subido 2,8%, a maior alta diária desde o início de maio, e tinha encerrado em 51.560 pontos.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasBrexitEuropaMinistério da FazendaPaíses ricosReino UnidoTesouro DiretoUnião Europeia

Mais de Economia

Temos um espaço muito menor para errar, diz Funchal sobre trajetória da dívida pública

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje