Economia

Brasil pode ir à OMC contra embargo à carne

Na avaliação do governo não há justificativa para as barreiras aos produtos brasileiros


	A ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres: Brasil tem feito esforço para tentar reverter a suspensão
 (Valter Campanato/ABr)

A ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres: Brasil tem feito esforço para tentar reverter a suspensão (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 17h42.

Brasília - A ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres, disse hoje (2) que o Brasil pode recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os países que anunciaram embargo à carne brasileira em razão da suspeita de contaminação pela encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca.

Segundo Tatiana Prazeres, na avaliação do governo não há justificativa para as barreiras aos produtos brasileiros. A ministra interina comentou o assunto durante a divulgação dos resultados da balança comercial em 2012.

A possibilidade de ir à OMC já havia sido levantada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ênio Marques Pereira. No último mês, o secretário disse que o governo dará prazo até março de 2013 para que os países que suspenderam as compras da carne brasileira retirem o embargo.

Desde que os primeiros países anunciaram o embargo, o Brasil tem feito esforço para tentar reverter a suspensão, prestando esclarecimentos sobre a doença.

De acordo com o Mapa, o caso confirmado no Paraná de um animal que morreu em 2010 é uma ocorrência não clássica da doença. De acordo com o órgão, apesar da presença do agente causador da EEB não houve manifestação da doença da vaca louca.

As informações oficiais do Ministério da Agricultura são que, até o momento, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Japão, África do Sul, Taiwan, Jordânia e Chile adotaram o embargo. A Jordânia suspendeu as compras apenas do Paraná, e o Chile somente de farinha de carne e ossos do rebanho bovino brasileiro.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilOMC – Organização Mundial do Comércio

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo