Economia

Brasil pode crescer perto de 4% em 2018, diz presidente do BNDES

Segundo Paulo Rabello de Castro, o BNDES contribuirá com a retomada da economia ao elevar em cerca de um terço os desembolsos no ano que vem

Paulo Rabello de Castro: o banco espera liberar cerca de 2 bilhões de reais por mês em 2018 apenas na linha BNDES Giro (Pilar Olivares/Reuters)

Paulo Rabello de Castro: o banco espera liberar cerca de 2 bilhões de reais por mês em 2018 apenas na linha BNDES Giro (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 13h45.

São Paulo - O crescimento da economia brasileira deve superar 3 por cento e, possivelmente, beirar 4 por cento em 2018, disse nesta terça-feira o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro.

De acordo com ele, o BNDES contribuirá com a retomada da economia ao elevar em cerca de um terço os desembolsos no ano que vem, para cerca de 100 bilhões de reais.

Rabello afirmou que o banco espera liberar cerca de 2 bilhões de reais por mês em 2018 apenas na linha BNDES Giro, que financia o capital de giro de pequenas e médias empresas, com prazo de até cinco anos e carência de até 24 meses.

"Quase 90 por cento das micro e pequenas empresas aplicantes têm cadastro bom", comentou o presidente do BNDES, durante evento da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), em São Paulo.

Segundo ele, a instituição também planeja migrar o Canal do Desenvolvedor, ferramenta que facilita o acesso de MPEs a linhas de crédito do BNDES por meio de bancos credenciados, para uma plataforma mais ampla.

Rabello ressaltou, contudo, que a retomada do crédito à pessoa jurídica pode esbarrar na fragilidade da indústria brasileira diante de uma excessiva carga tributária. "Os problemas brasileiros, embora graves, estão muito bem mapeados", disse o presidente do BNDES.

Na avaliação dele, o "manicômio tributário e juros excessivamente altos" podem condenar ao fracasso a retomada da economia a longo prazo. "Temos que transformar o capitalismo brasileiro bom para poucos em um capitalismo que traga prosperidade a todos os brasileiros", afirmou Rabello.

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