Economia

Brasil não é mais o emergente favorito da Pimco, diz Gross

Diretor de investimentos da maior empresa de gestão de recursos do mundo disse que a empresa ainda acha a dívida do México atrativa

 Bill Gross: maiores fundos da Pimco estavam otimistas em relação ao Brasil em 2013, uma aposta que prejudicou seu desempenho (Scott Eells/Bloomberg)

Bill Gross: maiores fundos da Pimco estavam otimistas em relação ao Brasil em 2013, uma aposta que prejudicou seu desempenho (Scott Eells/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 21h54.

Nova York - Bill Gross, do Pacific Investment Management, disse que o Brasil não é mais o preferido entre os emergentes para a maior empresa de gestão de recursos do mundo.

Falando na conferência virtual 2014 ETF Virtual Summit, Gross disse que a empresa ainda acha a dívida do México atrativa. Gross é cofundador e diretor de investimentos da Pimco, empresa com sede em Newport Beach, Califórnia.

Os maiores fundos da Pimco estavam otimistas em relação ao Brasil em 2013, uma aposta que prejudicou seu desempenho. Gross escreveu, em uma mensagem no Twitter, há um ano, que era preferível usar o dinheiro na moeda brasileira do que em bônus de alto rendimento. O real caiu 13 por cento em relação ao dólar no ano passado, enquanto os bônus de alto rendimento dos EUA saltaram 7,4 por cento, com base no índice Bank of America Merrill Lynch U.S. High-Yield.

Os bônus e a moeda do Brasil representaram as maiores participações no Pimco Emerging Local Bond Fund, de US$ 11,5 bilhões, até 30 de setembro, segundo o site da Pimco. Outros fundos da Pimco que culparam a aposta no Brasil pela queda no desempenho foram o Pimco Total Return, o Pimco Low Duration, o Pimco Unconstrained e o Pimco Commodity RealReturn Strategy, de Gross.

As notas brasileiras em moeda local perderam 11 por cento em dólares em 2013, contra a queda média de 6,9 por cento nos países emergentes monitorados pela JPMorgan Chase Co. A dívida brasileira foi prejudicada por uma combinação de crescimento lento e aceleração da inflação. O real tombou 7,4 por cento nos últimos três meses, o segundo pior desempenho entre as 16 principais moedas monitoradas pela Bloomberg, atrás apenas do rand, da África do Sul, por causa de uma preocupação de que a deterioração fiscal levará a um rebaixamento da classificação de crédito.

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