Economia

Brasil e Japão discutem formas de aumentar o comércio bilateral

Brasília – O fluxo de comércio entre o Brasil e o Japão aumentou cerca de 14% no primeiro trimestre deste ano, e “isso indica que possivelmente possamos voltar ao mesmo nível de comércio de 2008”, quando a corrente de comércio nipo-brasileira somou US$ 13 bilhões. A afirmação foi feita pelo ministro interino do Desenvolvimento, Indústria […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília – O fluxo de comércio entre o Brasil e o Japão aumentou cerca de 14% no primeiro trimestre deste ano, e “isso indica que possivelmente possamos voltar ao mesmo nível de comércio de 2008”, quando a corrente de comércio nipo-brasileira somou US$ 13 bilhões.

A afirmação foi feita pelo ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, ao apresentar hoje (16) a delegação japonesa que participa da terceira reunião bilateral do Comitê Conjunto de Promoção Comercial e de Investimentos, que se realiza na capital federal.

Ivan Ramalho disse que a soma das exportações e das importações caiu 26,1% em 2009, comparado a 2008, em virtude da recessão comercial provocada pela crise financeira mundial. Mas ressaltou que existem fortes evidências de recuperação do comércio bilateral, que foi deficitário para o Brasil em US$ 1,1 bilhão no ano passado.

A busca da recuperação dos níveis tradicionais de comércio e de investimentos é, por sinal, o principal objetivo da reunião de dois dias, que termina nesta sexta-feira, e conta com a participação de autoridades governamentais e empresariais dos dois países, como afirmou o vice-ministro para Relações Internacionais do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Hiroyuki Ishige.

As duas delegações discutiram também a remoção de possíveis entraves burocráticos às relações comerciais, de modo a aprimorar e facilitar os negócios bilaterais. Dificuldades que acontecem naturalmente nas áreas de metrologia, de propriedade intelectual e aduaneira, em razão das diferenças na legislação de cada país, lembrou o Secretário de Comércio Exterior, Walber Barral.

Ele enfatizou, porém, que “a agenda de promoções entre os dois países é muito mais longa do que as eventuais reclamações que possam surgir”. Segundo Barral, Brasil e Japão têm uma “agenda bastante intensa” no fortalecimento das relações comerciais e trabalham para ampliar o acesso aos mercados, dos dois lados.

Existe, por parte do empresariado brasileiro, grande expectativa pelo aumento das exportações de carne suína, miúdos de frango, café, etanol e alumínio, dentre outros produtos, para o mercado japonês. O interesse também é grande na negociação de subsídios daquele país para a produção de aviões de médio porte, fabricados pela Embraer.

As aeronaves brasileiras foram um dos principais itens da nossa pauta de vendas para o Japão em 2009. Só que agora a companhia aérea Japan Air Lines está em processo de recuperação falimentar, e não existe clareza quanto ao futuro das negociações. Na pauta de discussões, ainda, o interesse pela TV digital, transferência de tecnologia e propriedade intelectual.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaComércioComércio exteriorDados de BrasilJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

‘Se você pretende ser ‘miss simpatia’, seu lugar não é o Banco Central’, diz Galípolo

Rui Costa fala em dialogar com o mercado após dólar disparar: 'O que se cobrava foi 100% atendido'

Lula chama corte gastos de 'medida extraordinária': 'Temos que cumprir o arcabouço fiscal'