Frangos para exportação são preparados em uma fábrica em Várzea Paulista: vendas externas subiram 3,5% na comparação com 2012 (Marcos Issa/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 17h23.
São Paulo - As exportações de carne de frango do Brasil atingiram 355,4 mil toneladas em outubro, recorde histórico para o mês, refletindo uma demanda firme e a postergação dos embarques por conta das chuvas, disse a associação que reúne a indústria nesta quinta-feira.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas externas subiram 3,5 por cento, segundo levantamento da Ubabef.
"Além da demanda externa, como a do Oriente Médio, (o aumento em volume) refletiu quase uma semana de portos parados por causa das chuvas", disse o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo João Santin.
Chuvas interromperam em setembro operações nos três importantes portos usados no escoamento da carne de frango brasileira --Itajaí e São Franciso, em Santa Catarina, e Paranaguá, no Paraná-- obrigando exportadores a reprogramarem seus embarques para outubro.
Apesar do volume maior, a receita com as exportações caiu 5,1 por cento no mês passado ante outubro de 2012, para 681,22 milhões de dólares.
Santin explicou que este recuo dos preços decorre do aumento momentâneo da oferta, após atraso nos portos, e por renegociações depois do pequeno recuo nos custos de produção, com a redução nos preços de milho.
"Mas nós esperamos compensar depois. Já deve voltar no próximo mês, porque voltará a ter um equilíbrio de oferta e demanda", acrescentou.
Acumulado
No acumulado do ano até outubro, os embarques de carne de frango totalizaram 3,22 milhões de toneladas, queda de 1,4 por cento em relação aos dez primeiros meses do ano passado. Em receita, houve aumento de 5,3 por cento para 6,671 bilhões de dólares.
O Oriente Médio se mantém como maior importador de carne de frango brasileira em 2013, com a aquisição de 1,213 milhão de toneladas de janeiro a outubro, volume 5,9 por cento superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em segundo lugar vem a Ásia, que importou 922 mil toneladas, queda de 3 por cento na mesma comparação.