Economia

Brasil estuda parceria com Argentina para produção de medicamentos

O país tem atualmente 28 parcerias público-privadas de produção de medicamentos, financiadas pelo Ministério da Saúde e o BNDES

Alexandre Padilha: "temos interesse em fazer parcerias com a indústria da Argentina (...) e de outros países da região e, assim, garantir acesso universal aos medicamentos” (Antônio Cruz/ ABr)

Alexandre Padilha: "temos interesse em fazer parcerias com a indústria da Argentina (...) e de outros países da região e, assim, garantir acesso universal aos medicamentos” (Antônio Cruz/ ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 15h00.

Rio de Janeiro – O Brasil e a Argentina estão negociando uma cooperação binacional para a produção de medicamentos biotecnológicos, informou hoje (26) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O anúncio foi feito durante a abertura dos trabalhos da Rede dos Institutos de Enfrentamento ao Câncer, dos países-membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

“A proposta do Brasil é fazermos cada vez mais parcerias com a indústria farmacêutica internacional e fortalecer as parcerias com a América Latina. Temos interesse em fazer parcerias com a indústria da Argentina, a do Equador, que está surgindo agora, e de outros países da região e, assim, garantir acesso universal aos medicamentos”.

Padilha explicou que ainda não foram estipulados prazos, mas que uma empresa argentina já demonstrou interesse no projeto. O Brasil tem atualmente 28 parcerias público-privadas de produção de medicamentos, financiadas pelo Ministério da Saúde e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São parcerias que permitem a produção de antirretrovirais e medicamentos contra doenças inflamatórias, hepatite C, mal de Parkinson etc.

O ministro também informou que o Brasil pretende articular linhas de atuação com os países da Unasul para atrair indústrias de materiais e equipamentos médico-hospitalares de ponta. “O Brasil possui 147 centros de radioterapia e o governo pretende praticamente duplicar esse número. Não produzimos nenhum equipamento de radioterapia, que são importados. No mundo, existem cinco fornecedores desses equipamentos e nenhum produz na América Latina. Precisamos convocar esses produtores para virem para cá, não só para reduzir os preços, como também para garantir a disponibilidade desses equipamentos”.

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