Economia

Brasil está preparado para ambiente difícil, diz Tombini

Para o presidente do Banco Central, país está preparado para um aperto econômico internacional

Alexandre Tombini destacou que a economia mundial cresce menos do que o esperado (Wilson Dias/ABr)

Alexandre Tombini destacou que a economia mundial cresce menos do que o esperado (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 09h09.

Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje que o Brasil está "preparado" e tem "capacidade" de enfrentar um ambiente internacional mais difícil nos próximos meses, "se for o caso" de "agudização" do cenário econômico. Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tombini avaliou que o governo brasileiro acompanha o cenário internacional de forma "criteriosa".

Segundo ele, uma vez que as economias estão muito integradas, os problemas no cenário internacional afetam o País. Mas o País está preparado, repetiu Tombini. Ele citou duas ferramentas que auxiliam essa defesa do Brasil e que foram importantes na crise financeira de 2008: as reservas internacionais e os depósitos compulsórios.

Na sua avaliação, o acordo sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos trouxe "alívio". "O impasse foi superado", mas ele ponderou que a situação da economia internacional inspira "cuidados". Tombini destacou que a economia mundial cresce menos do que o esperado, com revisões de expansão para baixo.

Crédito

O presidente do Banco Central afirmou que o crescimento do crédito no Brasil tem mostrado dinamismo de forma segura. Nesse momento de moderação do crescimento da economia brasileira, segundo Tombini, o crédito cresce menos, mas essa expansão ocorre de forma "vibrante". Ele destacou que os níveis de inadimplência no Brasil são historicamente baixos.

Na sua avaliação, o crédito cresce na esteira da expansão da classe média e da formalização do emprego no Brasil. Para ele, o ritmo de expansão do crédito é saudável. Tombini ponderou que o volume de crédito no País, de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), não é dos maiores em relação a outros países.

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