senhor idoso (Stock.Xchng)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2012 às 19h59.
São Paulo - O Brasil e outros países de menor renda média per capita terão bem menos tempo que as nações europeias para se preparar para o envelhecimento de suas populações. O alerta é da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Se na França demorou mais de 100 anos para que o número de pessoas idosas (com 65 anos ou mais) passasse de 7% para 14% do total da população, no Brasil isso deve acontecer em no máximo 20 anos.
Países como China e Tailândia também devem levar 20 anos para alcançar esse patamar, afirma a OMS em estudo divulgado nesta semana para marcar o Dia Mundial da Saúde – que será no próximo sábado, dia 7 de abril.
“Esses países têm muito menos tempo para criar infraestrutura para atender às necessidades desta população mais velha”, diz o relatório.
O principal desafio, segundo a OMS, é estabelecer sistemas de saúde que consigam, efetivamente, prevenir e tratar doenças crônicas comuns na terceira idade, como problemas cardíacos, derrame, demência, perda de visão e audição.
Embora o processo de envelhecimento populacional tenha tido seu início em países mais ricos da Europa, América do Norte e Japão, hoje as principais mudanças ocorrem em regiões de menor renda.
Em 2050, esses países vão abrigar 80% dos idosos do mundo, estima a OMS. Chile, China e Irã terão uma proporção de idosos maior que os Estados Unidos.
A longevidade também será maior: em 2050, o mundo terá aproximadamente 400 milhões de pessoas com 80 anos ou mais. Cem anos antes, em 1950, esse grupo tinha só 14 milhões de pessoas.