Economia

Brasil e Coreia do Sul estreitam cooperação

Os dois países assinaram um pré-acordo para aumentar a cooperação em zonas de livre-comércio

Segundo o governo brasileiro, a Coreia do Sul vai incluir entre suas fontes energéticas o etanol (DIVULGACAO)

Segundo o governo brasileiro, a Coreia do Sul vai incluir entre suas fontes energéticas o etanol (DIVULGACAO)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 10h37.

Seul - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, qualificou nesta sexta-feira como "muito positivo" o pré-acordo assinado com o ministro de Estratégia e Finanças sul-coreano, Bahk Jae-wan, para estreitar a cooperação bilateral mediante zonas de livre-comércio.

O memorando de entendimento assinado hoje em Seul "nos permitirá estudar o modelo sul-coreano de zonas de exportação para aplicá-lo em nosso país", declarou à Agência Efe o ministro.

Pimentel reconheceu que o Brasil tentou sem sucesso aplicar outros modelos para estes enclaves de livre-comércio orientados à produção de bens de exportação por parte de empresas nacionais e estrangeiras.

Segundo o pré-acordo, ambos países ampliarão e dinamizarão sua cooperação através do Programa de Troca do Conhecimento da Coreia (KSP), ao qual o Brasil aderiu no ano passado e que facilita assessoria em políticas de crescimento a 34 países em desenvolvimento, informou o Ministério de Estratégia e Finanças sul-coreano.

Segundo o estipulado em 2011, a Coreia do Sul fornecerá ao Brasil as políticas sobre zonas de livre-comércio implementadas pelo país asiático na década de 70, que permitiram desenvolver seu hoje poderoso setor industrial, estimular o comércio e revitalizar as economias regionais.

Nesta manhã Pimentel também se encontrou com o ministro da Economia e Conhecimento da Coreia do Sul, Hong Souk-woo, com o qual falou, entre outros temas, de ampliar a cooperação em energias renováveis.

Ambos ministros concordaram em trabalhar em conjunto neste âmbito já que "a Coreia do Sul vai incluir entre suas fontes energéticas o etanol em grandes quantidades", indicou Pimentel, acrescentando que o Brasil "pode fornecer grande parte ou toda a demanda" sul-coreana por este produto.

Ontem, o ministro brasileiro abordou assuntos de cooperação em carros elétricos com o vice-presidente da Hyundai Motor, Chung Eui-Sun, e dialogou com Chung Joon-yang, presidente da Posco, maior grupo siderúrgico coreano, sobre sua participação em uma planta siderúrgica no Brasil, cuja construção está em curso.

Antes de retornar na segunda-feira ao Brasil, Pimentel partirá amanhã para o Catar, último destino de uma viagem que também o levou ao Japão, onde na quarta-feira transmitiu ao governo seu desejo de promover a transferência de tecnologia japonesa ao Brasil. 

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