Economia

Brasil é capaz de resolver problemas com a carne, diz embaixador

Para o embaixador brasileiro na França, o fato de a fraude ter sido revelada por autoridades do país prova a capacidade de descobrir problemas como esse

Carne: o embaixador considerou que o escândalo não terá um forte impacto sobre as exportações (Victor Moriyama/Getty Images)

Carne: o embaixador considerou que o escândalo não terá um forte impacto sobre as exportações (Victor Moriyama/Getty Images)

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EFE

Publicado em 30 de março de 2017 às 09h19.

Última atualização em 30 de março de 2017 às 09h19.

Paris - O embaixador brasileiro na França, Paulo de Oliveira Campos, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil demonstrou ter capacidade para descobrir e solucionar o problema da carne que envolveu algumas de suas empresas.

O fato de a fraude ter sido revelada por uma investigação aberta pelos serviços de fiscalização brasileiros "prova que temos capacidade para descobrir este problema", ressaltou Campos em entrevista à Agência Efe em Paris.

O embaixador insistiu que o escândalo foi identificado no Brasil pelas autoridades do país, e não por um importador, e ressaltou que a carne apreendida era destinada essencialmente ao mercado interno.

Sobretudo, destacou que "foi uma questão muito localizada", já que dos 11 mil funcionários que trabalham no controle de qualidade, 23 estavam envolvidos nas práticas de corrupção reveladas no escândalo.

Campos indicou que, após esta crise, o Brasil decidiu endurecer a vigilância nos estabelecimentos de produção de carne e que haverá aumento das multas para que tenham um efeito mais dissuasório.

O embaixador considerou que o escândalo não terá um forte impacto sobre as exportações - o Brasil é o maior exportador de carne bovina e de frango do mundo -, em particular levando em conta que o país "não tem problemas de qualidade" à margem deste incidente.

Campos destacou o aumento dos investimentos no Brasil procedentes da França, que em 2016 se tornou o segundo país em importância (tinha sido o quinto em 2015), apenas atrás dos Estados Unidos.

O brasileiro também lembrou que, em 2014, os presidentes de ambos os países, François Hollande e Dilma Rousseff, tinham assinado um acordo com o objetivo de dobrar os investimentos no prazo de cinco anos.

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