Brasil é 5o emergente mais vulnerável à crise; veja ranking
Relatório da companhia de serviços financeiros Wells Fargo avaliou as 5 variáveis mais associadas às crises financeiras nas 28 maiores economias emergentes
Sinal amarelo (Charly Triballeau/AFP)
João Pedro Caleiro
Publicado em 4 de novembro de 2013 às 15h42.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h24.
São Paulo - Poucas coisas são mais difíceis de prever do que a eclosão de uma crise. Que o digam as agências de rating, os bancos centrais e as grandes empresas, pegos de surpresa pelo terremoto que sacudiu a economia americana - e mundial - em 2008. Para arriscar uma previsão, a empresa de serviços financeiros americana Wells Fargo escolheu as cinco variáveis mais associadas com crises financeiras. Um colchão de reservas internacionais permite a uma economia se proteger de choques externos. Um câmbio sobrevalorizado leva a déficits em conta corrente que precisam ser financiados com dinheiro de fora - outro fator de fragilidade. Uma rápida expansão do crédito levanta dúvidas sobre a capacidade de pagamento dos devedores. Um crescimento meteórico também é sinal de alerta: quanto maior a altura, maior a queda. Considerando estes fatores, os analistas Jay H. Brison e Mackenzie Miller chegaram a uma nota final para cada uma das 28 maiores economias emergentes do mundo. Segundo eles, crises nestes países estão longe de serem inevitáveis, mas todo cuidado é pouco. Veja o ranking a seguir:
Nota final: 110 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 24% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 25% PIB real (variação percentual desde 2009): 16% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 25% Conta corrente como proporção do PIB: 20%
Nota final: 109 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 25% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 27% PIB real (variação percentual desde 2009): 21% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 22% Conta corrente como proporção do PIB: 14%
Nota final: 104 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 21% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 17% PIB real (variação percentual desde 2009): 20% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 24% Conta corrente como proporção do PIB: 22%
Nota final: 92 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 6% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 20% PIB real (variação percentual desde 2009): 25% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 16% Conta corrente como proporção do PIB: 25%
Nota final: 89 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 14% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 19% PIB real (variação percentual desde 2009): 17% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 15% Conta corrente como proporção do PIB: 24%
Nota final: 85 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 15% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 6% PIB real (variação percentual desde 2009): 23% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 18% Conta corrente como proporção do PIB: 23%
Nota final: 82 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 18% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 13% PIB real (variação percentual desde 2009): 14% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 21% Conta corrente como proporção do PIB: 16%
Nota final: 81 Reservas internacionais como porcentagem do PIB nominal: 27% Taxa real de câmbio (variação percentual desde 2009): 22% PIB real (variação percentual desde 2009): 5% Crédito doméstico para o setor privado (variação percentual desde 2009 na proporção do PIB): 9% Conta corrente como proporção do PIB: 18%
Em evento do G20, diretor do BC observa que política econômica do futuro governo americano deve impedir queda maior dos juros nos EUA, o que afetará todas as economias
Ameaça do presidente eleito dos EUA de impor uma tarifa de 60% sobre a maioria das importações chinesas representa um risco significativo para o setor exportador do país asiático