homem segura globo terrestre (Thinkstock)
João Pedro Caleiro
Publicado em 16 de julho de 2015 às 11h39.
São Paulo - De 40 países, o Brasil é o 4º mais preocupado com a "instabilidade econômica global".
60% dos brasileiros estão apreensivos com o assunto, mesmo nível da Venezuela e abaixo apenas de Gana (67%), Espanha (63%) e Uganda (62%).
Os dados são de uma pesquisa do Pew Research Center respondida por 45 mil pessoas entre 25 de março e 27 de maio.
O Brasil está entre os 20 países onde a economia é a segunda maior causa de apreensão. Aqui, ela perde para as mudanças climáticas, preocupantes para 75% dos brasileiros. Outros temas, como o Estado Islâmico e a tensão com a Rússia, ficaram abaixo dos 50%.
| % de brasileiros muito preocupados com | |
|---|---|
| Mudanças climáticas | 75% |
| Instabilidade econômica global | 60% |
| Estado Islâmico | 46% |
| Programa Nuclear do Irã | 49% |
| Ataques cibernéticos | 47% |
| Tensão com a Rússia | 33% |
| Disputas territoriais com a China | 28% |
Na Rússia, por exemplo, outro país em recessão, 43% se preocupam com a economia - apesar da menor proporção, o tema é topo na lista.
"A economia é relativamente menos preocupante na Europa, Ásia e Oriente Médio. Ainda assim, um terço ou mais de cada região diz que está muito preocupado com a instabilidade econômica global, e a questão ainda aparece como a segunda maior ameaça em 7 países, incluindo algumas das maiores economias do mundo: China, França, Índia e Itália colocam as questões econômicas entre suas duas maiores preocupações", diz o texto da Pew.
O índice nacional de confiança do consumidor brasileiro calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu em junho o menor nível desde que a pesquisa foi iniciada, em abril de 2005.
Veja a proporção de pessoas que se dizem "muito preocupadas" com a instabilidade econômica global nos 40 países pesquisados:
| Proporção de "muito preocupados" com instabilidade econômica global | |
|---|---|
| Gana | 67% |
| Espanha | 63% |
| Uganda | 62% |
| Brasil | 60% |
| Venezuela | 60% |
| Senegal | 59% |
| Peru | 58% |
| Tanzânia | 56% |
| Filipinas | 52% |
| Estados Unidos | 51% |
| Burkina Faso | 50% |
| Etiópia | 50% |
| França | 49% |
| Índia | 49% |
| Argentina | 49% |
| Itália | 48% |
| Nigéria | 48% |
| México | 46% |
| Quênia | 44% |
| Rússia | 43% |
| Indonésia | 41% |
| Jordânia | 39% |
| Líbano | 39% |
| Chile | 39% |
| Malásia | 37% |
| Vietnã | 37% |
| Ucrânia | 35% |
| Turquia | 33% |
| África do Sul | 33% |
| Canadá | 32% |
| Reino Unido | 32% |
| Palestina | 32% |
| Austrália | 32% |
| Coreia do Sul | 31% |
| Japão | 30% |
| Israel | 28% |
| Alemanha | 26% |
| Polônia | 26% |
| China | 16% |
| Paquistão | 6% |