São Paulo - O Brasil é a 43ª economia mais conectada do mundo, de acordo com a consultoria McKinsey.
O trabalho leva em conta 131 países e 5 tipos de fluxos globais: de bens, serviços, pessoas, finanças e informação.
O Brasil ganhou 15 posições desde 1995, graças ao aumento nos fluxos financeiros (item onde o país está em 18º lugar) e do altos níveis de investimento estrangeiro direto.
Nossa pior posição é no fluxo de pessoas: 115º. De acordo com a McKinsey, histórico de protecionismo, infraestrutura deficiente e a barreira da língua são alguns dos motivos que fazem o país ser "surpreendentemente pouco conectado".
No ranking geral, o Brasil aparece abaixo de todos os BRICS e de outros emergentes como Arábia Saudita (16ª) e Turquia (27ª). Alemanha, Hong Kong, Estados Unidos e Singapura lideram.
A conclusão da McKinsey é que de forma geral, quem se conecta mais é recompensado com mais crescimento econômico.
O comércio global e de informação cresceu de forma vertiginosa nas últimas décadas, mas o mesmo não aconteceu com o fluxo de pessoas. Já as trocas financeiras sofreram um duro golpe com a crise e ainda não se recuperaram.
O estudo mede não só o nível de conexão com o resto do mundo mas também o quanto estes laços representam em relação ao total da economia daquele país. Nesse caso, a taxa do Brasil é de 34% - uma das mais baixas entre todos os países analisados.
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1. De portas fechadas
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1/10 (Artaxerxes/Wikimedia Commons)
São Paulo - Há cerca de dois meses, a Câmara Internacional de Comércio afirmou que
o Brasil é a economia mais fechada do G20. De acordo com dados do
Banco Mundial, somos desde 2005 o país que menos importa bens e serviços em proporção ao tamanho total do Produto Interno Bruto: 14%. Isso não é, necessariamente, um sinal de subdesenvolvimento: em 2011, Japão e Estados Unidos também apresentaram taxas baixas, de 16% e 18%, respectivamente (não há dados disponíveis para os dois países em 2012). O fechamento também pode ser economicamente vantajoso no momento de uma crise mundial como a de 2008, por exemplo. Mas, em tempos mais normais e no nosso caso, a baixa participação no comércio internacional significa também menos oportunidades econômicas, menos eficiência e preços mais altos. Veja a seguir quais são as 10 economias mais fechadas do mundo entre as 110 com dados disponíveis para 2012.
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2. 1º lugar: Brasil
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2/10 (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 11% 2010: 12% 2011: 13% 2012: 14%
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3. 2º lugar: Argentina
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3/10 (SXC.Hu)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 16% 2010: 18% 2011: 20% 2012: 17%
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4. 3º lugar: Venezuela
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4/10 (REUTERS/Carlos Jasso)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 20% 2010: 18% 2011: 20% 2012: 19%
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5. 4º lugar: Colômbia
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5/10 (John Coletti/Corbis/Latinstock)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 18% 2010: 18% 2011: 20% 2012: 19%
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6. 5º lugar: Sudão
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6/10 (Wikimedia Commons)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 20% 2010: 17% 2011: 16% 2012: 20%
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7. 7º lugar: Austrália
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7/10 (Brendon Thorne/Getty Images)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 22% 2010: 20% 2011: 20% 2012: 21%
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8. 8º lugar: Rússia
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8/10 (Getty Images)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 20% 2010: 21% 2011: 22% 2012: 22%
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9. 9º lugar: Eritreia
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9/10 (Wikimedia Commons/Reinhard Detrich)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 23% 2010: 23% 2011: 23% 2012: 23%
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10. 10º lugar: Peru
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10/10 (Christian911/Wikimedia Commons)
Importação de bens e serviços como porcentagem do PIB 2009: 20% 2010: 23% 2011: 25% 2012: 24%