Economia

Brasil doa recursos a países africanos para compra de alimentos

Etiópia, o Malawi, Moçambique, o Níger e Senegal vão receber US$ 2,375 milhões para comprar alimentos produzidos na própria região

Etiópia, um dos que recebera doação, tem 5,2 milhões de habitantes passando fome

Etiópia, um dos que recebera doação, tem 5,2 milhões de habitantes passando fome

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2012 às 17h00.

Brasília - O Brasil doará US$ 2,375 milhões para que cinco países africanos – a Etiópia, o Malawi, Moçambique, o Níger e Senegal – comprem alimentos produzidos na própria região, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O valor será investido em uma ação conjunta da FAO e do Programa Alimentar Mundial (PAM), também da ONU, definida em acordo assinado hoje (21) em Roma.

Além de financiar o projeto, o Brasil deverá dividir com os parceiros a experiência do seu Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, baseado na compra da produção de pequenos agricultores e distribuição a famílias carentes.

Pelo acordo, a FAO receberá US$ 1,55 milhão do aporte brasileiro para apoiar os agricultores africanos por meio da distribuição de sementes e fertilizantes. Os restantes US$ 800 mil serão repassados ao PAM, que deverá organizar as compras e a distribuição de alimentos a escolas e grupos mais vulneráveis.

O acordo foi assinado pelo representante permanente do Brasil na FAO, Antonino Marques Porto e Santos; pelo diretor assistente do Departamento de Cooperação Técnica da FAO, Laurent Thomas; e pelo diretor adjunto do PAM, Amir Abdulla.

O Programa Alimentar Mundial já compra alimentos produzidos regionalmente para seus programas e está executando um piloto chamado Compra para o Progresso (P4P), com o objetivo de encontrar formas de adquirir mais diretamente de pequenos produtores. O financiamento e a experiência brasileira com o programa de aquisição de alimentos dará novo impulso às compras de agricultores locais para a alimentação escolar.

O projeto foi concebido para fortalecer os mercados locais, ajudando a melhorar a segurança alimentar e evitando futuras crises no setor.

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