Economia

Brasil deve ter sobras de energia elétrica até 2019

O consumo atual é cerca de 10 por cento inferior ao que foi estimado na época em que as distribuidoras compraram energia em leilões


	Energia elétrica: o consumo atual é cerca de 10 por cento inferior ao que foi estimado na época em que as distribuidoras compraram energia em leilões
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Energia elétrica: o consumo atual é cerca de 10 por cento inferior ao que foi estimado na época em que as distribuidoras compraram energia em leilões (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 15h37.

Rio de Janeiro - O Brasil deve continuar com sobras de energia elétrica contratada até 2019 devido à queda do consumo com a crise econômica e a forte elevação das tarifas no ano passado, disse nesta sexta-feira o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata.

Barata, que participou de evento do setor, disse que o consumo atual é cerca de 10 por cento inferior ao que foi estimado na época em que as distribuidoras compraram energia antecipadamente em leilões para atender à demanda futura.

Barata espera uma retomada do PIB em breve para que a demanda por energia no país volte a crescer.

Ele disse que, do ponto de vista do abastecimento de energia, as sobras são um aspecto positivo da crise econômica. "Esse é um aspecto positivo de um quadro econômico muito ruim...mas eu quero ter problema, que o PIB volte a crescer logo”, brincou.

Nordeste

O diretor do ONS destacou que, apesar de haver uma sobra de energia de maneira geral, a região Nordeste vem enfrentando um momento complicado em razão do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Com a seca, o Nordeste está sendo sustentado por geração eólica e térmica, além do envio de energia por outras regiões.

Segundo ele, essa transferência de energia para o Nordeste está em 3 mil megawatts em médios, e a perspectiva é de que o envio para a região se estenda para o ano de 2017.

"É difícil acreditar que vamos ter uma reversão climática total na região Nordeste", declarou o diretor geral do ONS.

Apesar das dificuldades, a previsão é que o nível dos reservatórios do Nordeste melhore até o fim do ano, quando começa o período de chuvas. A exceção deve ficar por conta da usina de Sobradinho, onde o nível de armazenamento é mais crítico.

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