Economia

Brasil deve abrir mais shoppings e vendas devem desacelerar

Após alta de 10,1 por cento nas vendas nesses centros de compras no ano passado, a expectativa para 2015 é de crescimento mais modesto, de 8,5 por cento


	Após alta de 10,1 por cento nas vendas nesses centros de compras no ano passado, a expectativa para 2015 é de crescimento mais modesto, de 8,5 por cento
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Após alta de 10,1 por cento nas vendas nesses centros de compras no ano passado, a expectativa para 2015 é de crescimento mais modesto, de 8,5 por cento (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 10h52.

São Paulo - O setor de shopping centers no Brasil deve ver desaceleração de vendas em 2015, ano que será marcado pela abertura de mais empreendimentos em função do escoamento de projetos inicialmente previstos para 2014.

Após alta de 10,1 por cento nas vendas nesses centros de compras no ano passado, a 142,27 bilhões de reais, a expectativa para 2015 é de crescimento mais modesto, de 8,5 por cento, divulgou a Abrasce, associação que reúne os shoppings no país, nesta terça-feira.

Avaliando o desempenho esperado como "bastante razoável" diante do cenário econômico, o presidente da entidade, Glauco Humai, afirmou que 2015 será ano difícil, citando fatores como pressão inflacionária e juros mais altos, além de problemas estruturais em relação à disponibilidade de água e energia.

Para os novos shoppings, a projeção da Abrasce é de adição de 26 empreendimentos em 2015, contra 24 em 2014. Os números contrastam com previsão feita pela Abrasce no início do ano passado, de inauguração de mais de 40 novos empreendimentos em 2014 e apenas 15 neste ano.

Segundo Humai, a diferença entre a previsão de shoppings novos e os efetivamente abertos foi maior do que a média no ano passado, mas não chega a acender a luz vermelha.

"Mesmo adiados, eles vão acontecer", afirmou o presidente da Abrasce, justificando a decisão de postergação a fatores como demora na obtenção de licenciamento, questões econômicas e menor disponibilidade de recursos para o financiamento de projetos que nos últimos anos.

Em 2014, as empresas de shoppings colocaram o pé no freio em relação a novos projetos após a abertura de unidades com baixa taxa de ocupação.

Retrato

O Brasil encerrou 2014 com 520 shoppings distribuídos em 188 cidades. Dentro desse universo de empreendimentos, 18 por cento - ou mais de 90 shoppings - contam com projetos de expansão, indicando a manutenção dessa toada em detrimento da aposta em novos centros de compras.

Dos 26 novos empreendimentos projetados para 2015, 16 serão em cidades que não são capitais. Ao mesmo tempo, 12 cidades receberão seu primeiro shopping, disse a Abrasce, estimando um investimento total de cerca de 16 bilhões de reais em aberturas e expansões no ano.

Acompanhe tudo sobre:ComércioShopping centersVendas

Mais de Economia

Chinesa GWM diz a Lula que fábrica em SP vai produzir de 30 mil a 45 mil carros por ano

Consumo na América Latina crescerá em 2025, mas será mais seletivo, diz Ipsos

Fed busca ajustes 'graduais' nas futuras decisões sobre juros