Economia

Brasil cria 147,3 mil empregos com carteira assinada, patamar mais baixo para o mês

Este é o resultado mais baixo já registrado para o mês de agosto desde 2020 quando o Caged adotou uma nova metodologia

Agência o Globo
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Publicado em 29 de setembro de 2025 às 14h43.

Última atualização em 29 de setembro de 2025 às 14h45.

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No mês de agosto, o Brasil registrou a criação de 147.358 vagas de emprego com carteira assinada, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em julho, o saldo havia sido de 134.251 vagas, e o resultado de agosto representa uma queda em relação ao mês anterior.

Na última quinta-feira, antes da divulgação oficial, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, já havia adiantado que o saldo seria positivo:

— O Caged de agosto vem crescendo de novo, mas abaixo do ritmo que vinha crescendo anteriormente. Mês passado já cresceu abaixo do ritmo, desacelerou e continua desacelerando —afirmou em entrevista ao programa Bom dia, Ministro.

Esse é o resultado mais baixo para um mês de agosto desde 2020, quando foram registradas 214.601 vagas abertas. No acumulado de 12 meses, de setembro de 2024 a agosto 2025, 1.438.243, menor que o saldo observado no mesmo período para o ano passado (de setembro de 2023 a agosto de 2024) com 1.804.122 vagas. No acumulado de janeiro a agosto, o saldo é de 1.501.903 vagas.

Os números fazem parte do Novo Cadastro Geral da Empregados e Desempregados (Caged), sistema do governo que acompanha as admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada. Ele é um dos principais termômetros do emprego no Brasil e serve de base para políticas públicas voltadas ao mercado de trabalho.

Desempenho por setor

O setor de serviços foi o maior gerados de postos de trabalho, com saldo de 81.002 novas vagas. Na contramão, a agropecuária registrou saldo negativo de 2.665 demissões.

  • Serviços: 81.002 vagas
  • Comércio: 32.612 vagas
  • Indústria: 19.098 vagas
  • Construção: 17.328 vagas
  • Agropecuária: 2.665 demissões

Na divisão por estados, 25 das 27 unidades federativas registraram saldos positivos. Os maiores saldos foram: São Paulo (+45.0450); Rio de Janeiro (+16.128); e Pernambuco (+12.692). Já com os menores saldos, ficaram: Rio Grande do Sul (-1.648); Roraima (-262); e Santa Catarina (+315).

Salário médio de admissão

O salário médio de quem conseguiu uma vaga formal em agosto foi de R$ 2.295,01, variação de 0,56% em relação a julho (R$ 2.282,31). Na comparação com agosto de 2024, o ganho real foi de R$ 19,59 (0,86%).

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