Economia

Brasil continua líder mundial em juros reais

Mesmo com a manutenção da Selic em 11%, Brasil segue em primeiro lugar no ranking mundial de juros reais (juros nominais menos inflação)

Dinheiro: notas de real (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro: notas de real (Marcos Santos/USP Imagens)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de julho de 2014 às 20h16.

São Paulo - Pela segunda vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu não mexer na Selic.

A taxa básica de juros da economia, que chegou a atingir 7,25% em março do ano passado, continua em 11%.

A manutenção, no entanto, é insuficiente para tirar o Brasil do primeiro lugar no ranking dos maiores pagadores de juros reais do mundo.

De acordo com um levantamento feito todos os meses pelo site MoneYou com 40 países, os juros reais do Brasil estão em 4,21%. O segundo lugar fica com a China, com 3,41%.

No final da lista aparecem Argentina e Venezuela, com juros de -14,70 % e -28,16%, respectivamente.

A conta é feita subtraindo a taxa de inflação dos últimos 12 meses da taxa de juros nominal.

Veja o ranking com os 40 países:

  País Juros reais
1 Brasil 4,21%
2 China 3,41%
3 India 2,27%
4 Rússia 1,51%
5 Hungria 1,39%
6 Indonesia 1,22%
7 Polônia 1,08%
8 Colombia 1,07%
9 Taiwan 0,87%
10 Turquia 0,79%
11 Grécia 0,55%
12 Bélgica 0,30%
13 Coréia do Sul 0,20%
14 Suécia 0,15%
15 Filipinas 0,10%
16 Malásia 0,05%
17 Suiça -0,10%
18 Chile -0,14%
19 Espanha -0,15%
20 Australia -0,29%
21 Portugal -0,45%
22 Itália -0,55%
23 Holanda -0,64%
24 Canada -0,69%
25 Israel -0,74%
26 Dinamarca -0,79%
27 República Tcheca -0,84%
28 Mexico -0,87%
29 França -0,94%
30 Alemanha -1,04%
31 Reino Unido -1,18%
32 Austria -1,33%
33 Estados Unidos -1,52%
34 Tailândia -1,92%
35 Japão -2,06%
36 Cingapura -2,42%
37 Hong Kong -2,99%
38 África do Sul -5,61%
39 Argentina -14,70%
40 Venezuela -28,16%
Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

Precatórios: entenda o que são e como solicitar a antecipação

Investimento direto da China no exterior cresce 10,5% e atinge US$ 140 bilhões em 2024

Banco Central da China injeta US$ 158 bilhões antes do Ano Novo Chinês

FMI alerta para produtividade 'decepcionante' da economia global com exceção dos EUA