Combustíveis: demanda por petróleo crescerá mais que economia no Brasil, diz agência (AFP/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2014 às 09h39.
Londres - A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou a previsão de crescimento da demanda por combustíveis no Brasil em 2014 e 2015.
De acordo com relatório mensal divulgado nesta terça-feira, 12, o consumo de petróleo no país crescerá 2,5% neste ano. No mês passado, a Agência esperava expansão de 2,9%. Com a piora da previsão, o Brasil caiu uma posição no ranking dos maiores consumidores globais e deve terminar o ano como sétimo maior mercado de petróleo do mundo.
A AIE reconhece que as previsões macroeconômicas para o país passam por deterioração. Por isso, reduziu as estimativas para o consumo. Ao mesmo tempo, porém, a Agência destaca que a demanda por combustíveis continuará crescendo mais que a economia no Brasil.
"A previsão para a demanda brasileira foi modestamente reduzida desde o relatório do mês passado diante do ambiente macroeconômico. Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões para o crescimento econômico do Brasil em 2014 e 2015", explica a entidade.
Apesar da atividade relativamente fraca, a demanda brasileira por petróleo deve aumentar pelo menos o dobro do esperado para a economia - no mercado financeiro, analistas apostam que a economia crescerá apenas quase 1%. Essa diferença, diz a AIE, é explicada pela demanda do setor de transportes. "Até agora, o setor cresceu fortemente", diz a AIE em seu relatório.
Com a nova previsão, o Brasil caiu uma posição no ranking dos maiores consumidores de combustível do planeta. Agora, o país deve terminar o ano em sétimo - atrás dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Índia, da Rússia e Arábia Saudita.
A estimativa de julho colocava o Brasil em sexto - à frente do mercado árabe. A AIE estima que a demanda brasileira por petróleo deve alcançar 3,166 milhões de barris em 2014.
Para 2015, a previsão também foi cortada. Para a AIE, o consumo deve crescer 2% no próximo ano, abaixo dos 2,3% esperados há apenas um mês. Para a Agência, o mercado brasileiro deve terminar 2015 com consumo médio de 3,228 milhões de barris diários.