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Brasil colhe resultados de mudanças dos anos 90

Para o economista Antoine van Agtmael, país deve seu bom momento aos esforços da última década

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

É arriscado dizer que o Brasil assiste a uma decolagem. Para o economista holandês naturalizado americano Antoine van Agtmael, um dos maiores especialistas mundiais em mercados emergentes, o país está se beneficiando dos esforços da última década. Leia o depoimento dado a EXAME:

"Eu acredito que um novo capítulo está começando no Brasil após o regime militar, o processo de substituição de importações, as políticas macroeconômicas indisciplinadas que geravam déficits, a inflação alta, a depreciação cambial e a transição para um regime mais aberto, orientado pelo setor privado e pela disciplina econômica.

Agora o Brasil tem reservas mais altas e menos dívida, excelente credibilidade e novos clientes para suas commodities em países emergentes (especialmente a China). Isso permite que o país tenha menores taxas de juros reais e também um crescimento maior, ao menos enquanto a China esteja crescendo.

Eu chamaria isso mais de um novo capítulo do que de uma nova fase e hesitaria em afirmar que trata-se de uma "decolagem" em si. Esse é muito o resultado dos esforços de décadas passadas. Enquanto o Brasil está muito menos vulnerável a aumentos internacionais das taxas de juros que no passado, o apetite da China por todo tipo de commodity, de celulose a minério de ferro e soja, alimentou o recente boom. No entanto, o Brasil não estará imune se houver uma crise em qualquer lugar, caso a liquidez internacional diminua ou então se os investidores começarem a se preocupar de novo com riscos."

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